Na manhã de sábado, 17, aconteceu uma formação online sobre o 3º Ano Vocacional do Brasil. A formação foi conduzida pelo padre Juarez Albino Destro, secretário da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB. Participaram representantes das dioceses de Anápolis, Uruaçu, Goiânia, Luziânia, Brasília, Jataí, Rubiataba-Mozarlândia e de Barreiras (BA).
Durante o encontro foram apresentados o texto-base e o objetivo geral do Ano Vocacional, que é “Promover a cultura vocacional nas comunidades eclesiais, nas famílias e na sociedade, para que sejam ambientes favoráveis ao despertar de todas as vocações, como graça e missão, a serviço do Reino de Deus”.
Foram apresentados também os sete objetivos específicos. Confira abaixo quais são eles.
Objetivos Específicos do Ano Vocacional:
14. Foram elencados sete objetivos específicos do 3º Ano Vocacional do Brasil, um número simbólico e indicador de que muito se deve fazer e se pode fazer, dependendo dos vários contextos e da criatividade local. Ei-los:
15. “Cultivar uma sensibilidade vocacional que favoreça a compreensão de que toda espiritualidade, toda a atividade pastoral e toda a formação são vocacionais” (ChV 254). Este primeiro objetivo específico vem da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus Vivit, do papa Francisco. Sabemos que para se chegar à sensibilidade vocacional faz-se necessário despertar ou “ativar” outras sensibilidades, conforme indicou o 4º Congresso Vocacional do Brasil. Em outras palavras, aprender a “ser para os outros”.
16. “Aprofundar a Teologia da Graça e da Missão dentro da pedagogia vocacional, que gere discernimento e respostas concretas ao chamado divino, com liberdade e responsabilidade”. No ritmo cotidiano, no apostolado e na vida, não podemos perder de vista a Graça e a Missão. “A vida é missão, eu sou missão...”, cantamos em nossas celebrações durante o Mês Missionário. É isso mesmo!
17. “Fortalecer a consciência do discipulado missionário de todos os batizados e batizadas, levando-os a reconhecer e assumir também a identidade vocacional da vida laical como uma forma própria e específica de viver a santidade batismal a serviço do Reino de Deus (DAp 184)”. Este terceiro objetivo específico vem recordar algo que muitas vezes fica esquecido nos planos acadêmicos da catequese ou da formação permanente ordinária.
18. “Acompanhar cada jovem, de modo personalizado, numa maior proximidade e compreensão, favorecendo seu protagonismo e o impulsionando ao serviço generoso e à missão (ChV 30)”. Este objetivo não pode faltar nos planejamentos estratégicos paroquiais ou das organizações religiosas: Vale recordar que a Christus Vivit apresenta muitas indicações para a realização deste objetivo específico, sendo um valioso e necessário subsídio vocacional.
19. “Despertar vocações à Vida Consagrada e ao Ministério Ordenado, acompanhando-as num processo de formação integral, para que sejam sempre fieis ao seguimento de Jesus e à missão de servir com alegria, em comunhão, tornando visível o Reino de Deus, de vida plena para todos”. Não basta despertar vocações, mas prever o devido acompanhamento e cultivo, pois o chamado é permanente, assim como a formação e a missão.
20. “Intensificar a prática da oração pelas vocações em todos os âmbitos: pessoal, familiar e comunitário”. O mandamento de Jesus expresso em Mateus (9,38) e Lucas (10,2), de rezar pelas vocações, não poderia faltar dentre os objetivos específicos do 3º Ano Vocacional. A oração aproxima-nos de Deus e desperta – em nós – o sentido de corresponsabilidade.
21. “Fomentar, nos âmbitos regional, diocesano e paroquial, um serviço de animação vocacional articulado, com a criação e consolidação de Equipes Vocacionais Paroquiais e Diocesanas, dentro de uma pastoral orgânica, na sinodalidade, envolvendo todas as vocações”. Neste sétimo objetivo está a postura do trabalho em comunhão.
22. Sem perder de vista o atual contexto sócio-político-econômico da humanidade, bem retratado na Encíclica Fratelli Tutti, do papa Francisco, sobre a Fraternidade e a Amizade Social, os objetivos do Ano Vocacional visam, em síntese, transformar “as sombras de um mundo fechado” em “um mundo aberto”, onde a solidariedade, o diálogo e o amor sejam uma constante. Para combater a mentalidade de que o outro seja um objeto, ou para evitar uma 3ª Guerra Mundial em pedaços, ou para aplicar uma “vacina” contra o vírus do individualismo (FT 24, 25, 105), faz-se necessário responder ao chamado ou “ao compromisso de viver e ensinar o valor do respeito, o amor capaz de aceitar as várias diferenças, a prioridade da dignidade de todo ser humano sobre quaisquer ideias, sentimentos, atividades e até pecados que possa ter” (FT 191), ou “amar o mais insignificante dos seres humanos como a um irmão, como se apenas ele existisse no mundo” (FT 193). Devemos gerar processos de encontro, processos de paz (FT 217, 226). Isso é vocação!