Terça, 22 Mai 2012 18:29

Igreja de Jataí realiza 22º Encontro Diocesano de Liturgia

Aconteceu na sede diocesana de Jataí (GO), de 18 a 20 de maio de 2012, o 22º Encontro Diocesano de Liturgia, com o tema: “O Canto na Liturgia”. Padre Joaquim Cavalcante (Diocese de Itumbiara), e membro da equipe de assessores do Regional Centro-Oeste da CNBB, em assuntos de liturgia e padre Uelinton Gonçalves (coordenador diocesano de Liturgia) ficaram na assessoria. O Encontro teve a presença de 60 pessoas, representando muitas paróquias da diocese.

No início foi perguntado, e, após uma breve partilha, responderam assim: Quais seriam as expectativas em relação ao encontro? Buscar conhecimento teórico e dicas para colocar em prática, motivação, e como continuar motivado. Quais as principais dificuldades encontradas em relação ao Canto? Como escolher os cantos; como saber o que é litúrgico; dificuldade da comunidade em assimilar os cantos; falta dos padres nas reuniões; falta de instrumentos; poucos ensaios; falta de interesse e de formação; sobrecarga em alguns; como fazer a assembleia participar no canto; competição e ciúmes entre as equipes; falta de atitude e disciplina nos católicos. E qual a Realidade da Comunidade? Falta de unidade entre liturgia e canto; falta preparação da liturgia; faltam músicos e sobram instrumentos e vice-versa; membros que veem e vão. No decorrer do Encontro foram sanadas as dúvidas e obtiveram muitas ideias de como resolver os problemas das equipes.

No sábado pela manhã tivemos a Eucaristia presidida por Dom José Luiz Majella Delgado, Bispo Diocesano, que falou da importância do Encontro para toda Diocese e que o Canto é parte necessária e integrante da liturgia solene (cf. SC 112). Também o Canto manifesta o mistério da Igreja: favorecendo a Arte, ajudando o Rito, a falar por si só, levando o Fiel, de modo particular, e a Comunidade em geral a vivenciarem melhor as celebrações litúrgicas, dando assim, o devido Louvor a Deus.

Padre Uelinton ensinou qual a melhor forma de escolher os cantos. Não se deve escolher os cantos para uma celebração porque são bonitos e agradáveis, ou porque são fáceis, mas porque são litúrgicos. Para isso é necessário observar: o tempo litúrgico (Advento, Natal, Quaresma, Páscoa e Tempo Comum); a Liturgia da Palavra (Leituras do dia); a festa que se está celebrando (Festa do padroeiro, Espírito Santo, Trindade, Maria, Santos etc..). Os cantos devem estar em sintonia com o que se celebra. Falou também da função litúrgica e ministerial de cada canto da Missa. A assembleia deve participar de todos os cantos, caso contrário, ele perde sua função. Disse que os instrumentos musicais têm como função principal guiar, unir, incentivar e apoiar o canto litúrgico. O som deles jamais pode cobrir as vozes, dificultando a compreensão do texto.

Padre Joaquim falou dos fundamentos histórico-teológicos do Canto Litúrgico. Partindo da Tradição Bíblica, Patrística e Litúrgica, afirmou que o canto foi sempre exaltado e valorizado. Pela tônica escriturística Vetero-testamentária, o canto é a forma solene de exaltar o nome de Javé. O evento constitutivo de toda a inspiração melódica e poética do Canto Litúrgico é o mistério Pascal de Cristo. O canto não é só resultado de uma melodia e um texto. O canto é antes de tudo, uma expressão antropológica, por meio da qual palavra, sentimento e memória constituem uma só coisa. Pode-se dizer que o canto litúrgico é a sonorização do memorial salvífico. O texto e a melodia, ou seja, a música cumpre sua função quanto mais estiver ligada à ação litúrgica. Esta, por vez, tem como núcleo o mistério Pascal de Cristo (SC.112). A melodia não é uma diversão religiosa: não se canta o que o povo gosta ou é emocionalmente mais plausível e economicamente mais rentável. Canta-se o que melhor explicita a beleza da oração, e mais intimamente une a assembleia dos que celebram ao mistério celebrado. É o mistério da fé, é o mistério cristão, é o mistério trinitário, que é o mistério de Deus em si mesmo (CIC 234).

No sábado tivemos uma noite cultural, onde foram apresentadas músicas de vários ritmos e estilos, poemas e etc. tudo preparado pelos participantes. Foi um momento de alegria e descontração, pois ficaram à disposição alguns instrumentos, e quem se sentisse à vontade, dava o nome e apresentava o que lhe aprouvesse. Ficaram todos contentes.

O Encontro, na avaliação dos participantes, foi muito frutuoso. Motivou a todos a se empenharem mais na preparação dos Cantos para as celebrações. É de desejo da Equipe Diocesana que pudesse ser repassado, para os que servem o Senhor através da música, mas que não puderam estar presentes, para que o Canto possa ajudar mais ainda a participação dos fieis na Liturgia.



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