Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
Esta quarta-feira (14) foi marcada por muitas mudanças no Regional Centro-Oeste da CNBB. A primeira delas foi anunciada pelo arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, Cardeal Dom Sergio da Rocha, que comunicou aos bispos a nomeação de Dom Messias dos Reis Silveira para a Diocese de Teófilo Otoni (MG), após quase 12 anos que ele conduzia a Diocese de Uruaçu, no norte goiano.
“Nós queremos agradecer muito a Dom Messias por estes 12 anos na Diocese de Uruaçu e por estar conosco como presidente do Regional Centro-Oeste. Ele é nomeado para a Diocese de Teófilo Otoni (MG), generosamente atendendo a uma necessidade da Igreja. Pedimos que rezem por ele e, assim como vocês, nós queremos estar muito próximos dele para que tenha a força necessária na nova missão. Hoje, a própria liturgia colocou de maneira providencial esse Salmo 22 (23): quem vai conduzir a Igreja é Jesus contando com um pastor dedicado como Dom Messias. Nós, com certeza, vamos acompanhá-lo com nossa oração, amizade e gratidão”, afirmou o cardeal, logo após a missa que ele presidiu no segundo dia da Reunião do Conselho Episcopal Regional (Conser), que começou no dia 13 e encerra nesta sexta-feira (16).
Em seguida, Dom Messias agradeceu a Deus pela missão confiada a ele na Diocese de Uruaçu. “Foi onde eu aprendi a ser bispo com o povo, com os padres e aqui com os senhores bispos. Aceitei de braços abertos a nova missão e vamos seguir em frente”, declarou. Os bispos presentes o aplaudiram e congratularam com ele. Dom Messias deixou a reunião para presidir a Santa Missa em Uruaçu, na qual anunciou aos diocesanos a sua nomeação.
Nova presidência
A eleição da presidência do regional foi feita ainda na manhã do dia 14. A nova presidência é formada pelo bispo de Luziânia, Dom Waldemar Passini Dalbello (presidente); Dom Adair José Guimarães, bispo de Rubiataba-Mozarlândia (vice-presidente); Dom Levi Bonatto, bispo auxiliar de Goiânia (secretário). O vice-presidente da gestão (2015-2019) Dom João Wilk, bispo de Anápolis, renunciou ao seu cargo por estar com a saúde fragilizada. A nova formação conduzirá o regional até a 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que acontecerá de 1 a 10 de maio, em Aparecida (SP). Lá haverá nova eleição da presidência da CNBB Nacional e dos 18 regionais.
PautaO dia seguiu com a discussão de diversos temas, entre eles a apresentação da proposta da Arquidiocese de Goiânia ligada à Pastoral da Sobriedade, de exapandir a atuação de maneira preventiva junto aos toxicodependentes a partir do trabalho de diversas frentes como Pastoral da Saúde, Amor Exigente, fazendas de recuperação e outras iniciativas. “A proposta é que nós colaboremos, sobretudo, com a atividade da catequese com crianças e adolescentes de modo sistemático, propositivo, formando as crianças e capacitando os agentes das fazendas e casas chamadas de recuperação que estão sob nossos cuidados”, comentou em entrevista Dom Waldemar.
Outro tema discutido foi apresentado por Dom Levi e pelo coordenador do Mestrado em Direito Canônico – Extensão Goiânia, padre Cristiano Faria dos Santos. A proposta, porém, é de um curso de extensão universitária em direito matrimonial canônico e Pastoral Familiar. Alguns elementos, condições e tempo de duração já estão propostos, mas serão avaliados. A expectativa é que comece no segundo semestre de 2019. Estão trabalhando juntos para que a formação aconteça, o Instituto Superior de Direito Canônico do Rio de Janeiro, a PUC Goiás e a Pastoral Familiar do Regional Centro-Oeste. “A ideia é capacitar agentes da Pastoral Familiar, advogados e pessoas próximas à área de família que se habilitem à chamada pastoral judiciária, que atua no acompanhamento de casais em crise para que superem as dificuldades e também entrem naquele campo dos chamados casos especiais da Pastoral Familiar”, explicou o presidente do regional.
No fim da manhã, os bispos revisaram o calendário do Regional Centro-Oeste para o próximo ano e acertaram todas as datas do Conser, do CEP e da Assembleia do Regional, que deverá ocorrer no mês de outubro. À tarde, Dom Sergio da Rocha falou sobre o Sínodo dos Bispos dedicado aos jovens, que aconteceu de 3 a 28 de outubro, no Vaticano. Ele foi o relator geral do evento. Os bispos, depois, se reuniram reservadamente e concluíram as atividades do dia com a Oração das Vésperas.
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Ser santo é uma vocação que está ligada ao Sacramento do Batismo. Todas as pessoas são chamadas a se santificarem. Toda ação da Igreja visa a santificação das vidas. O pecado é o grande estorvo para a santificação. Buscar a libertação do pecado pessoal e social é uma necessidade para que a vida seja mantida no processo de santificação. A pessoa santa nunca se considera santa, mas sabe que na sua imperfeição está um caminho aberto para Deus e, por isso pede perdão pelas suas falhas e seus pecados.
Recentemente, por meio da sua Exortação Apostólica, “Gaudete Et Exultate”, o papa Francisco fez um chamado para as pessoas serem santas no mundo atual. Assim ele se expressou: “O meu objetivo é humilde: fazer ressoar mais uma vez o chamado à santidade, procurando encarná-la no contexto atual, com os seus riscos, desafios e oportunidades, porque o Senhor escolheu cada um de nós “para ser santo e irrepreensível na sua presença, no amor” (cf Ef 1,4)” (GE 2).
Como nós frágeis pecadores podemos trilhar os caminhos de santificação? O papa lembra que “nos processos de beatificação e canonização, tomam-se em consideração os sinais de heroicidade na prática das virtudes, o sacrifício da vida no martírio e também os casos em que se verificou um oferecimento da própria vida pelos outros, mantido até a morte” (GE 5). Aí está uma boa dica para se construir a santidade de vida pessoal. Procurar praticar as virtudes de tal forma que elas se tornam forças santificadoras. Algumas pessoas passam pelo martírio do derramamento de sangue, mas a grande maioria vive seu martírio diário na sua vida em família e na sociedade. Por fim existem muitas pessoas que oferecem suas vidas em favor dos outros.
Um jeito de oferecer a vida é amar sem esperar recompensa. Quem espera reconhecimento, ou recompensa pode se frustrar, pois o elogio, o reconhecimento pode não vir. A pessoa que está buscando sua santidade de vida nunca fica esperando dos outros, mas é sempre ela a dar o primeiro passo.
Existem muitos sinais de santidade na vida humana. Os meios de comunicação divulgam hoje tragédias, sofrimentos. No meio destas dores estão muitas pessoas com belos testemunhos de santidade. São pessoas de oração e de doação generosa de suas vidas.
“Todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde se encontra” (GE 14). Conta-se que um homem estava morrendo e começou a pedir a chave do Céu. Trouxeram imagens de santos, a Bíblia e ele continuava pedindo a chave do Céu. Até que enfim alguém se lembrou que aquele homem tinha sido alfaiate e então trouxeram-lhe a tesoura e a agulha com a linha, ele serenou-se e morreu em paz. O trabalho feito com amor pode ajudar na santificação. “Cada cristão, quanto mais se santifica, tanto mais fecundo se torna para o mundo” (GE 33).
Para se santificar é preciso deixar-se envolver no Mistério de Deus. “Dissemos tantas vezes que Deus habita em nós, mas é melhor dizer que nós habitamos n’Ele, que Ele nos possibilita viver na sua luz e no seu amor. Ele é nosso templo” (GE 51). Como dizia Dom Helder Câmara, podemos também dizer: “Deus é meu endereço. Moro em Deus”.
Uma boa leitura desta Exortação Apostólica vai ajudar a aprofundar esse tema da santidade e cada santo vivo poderá com seu testemunho ajudar este mundo ser melhor. O santo é um vencedor de desafios.
Dom Messias dos Reis Silveira
Bispo Diocesano de Uruaçu
Presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB
BISPO
Dom Jeová Elias Ferreira
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Dom Eugênio Lambert Adrian Rixen
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