Sob chuva intensa, uma multidão de fiéis compareceu à Paróquia Nossa Senhora da Conceição (Matriz de Campinas) para participar da abertura da Porta Santa, no fim da tarde deste domingo, 20 de dezembro. O evento abriu oficialmente o Ano Extraordinário da Misericórdia na Arquidiocese de Goiânia, proclamado pelo papa Francisco, em março e aberto em Roma no dia 8, Solenidade da Imaculada Conceição.
O rito de abertura da Porta Santa foi conduzido pelo arcebispo Dom Washington Cruz, que fez menção às palavras da Bula Misericordiae Vultus, de Proclamação do Ano Santo. “Misericórdia é o caminho que une Deus e o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da limitação do nosso pecado”. E declarou que, “em comunhão com a Igreja em todo o mundo, esta celebração inaugura solenemente o Ano Santo para a nossa Igreja Arquidiocesana, prelúdio de uma profunda experiência de graça e de reconciliação”.
Homilia
Após a abertura e a passagem dos fiéis, ao som de “Misericordiosos como o Pai”, refrão do Hino do Ano Santo, teve início a celebração presidida por Dom Washington e concelebrada pelo bispo auxiliar Dom Levi Bonatto e os padres e religiosos da Arquidiocese de Goiânia. “Disse Jesus, eu sou a Porta. ‘Se alguém entrar por mim será salvo’ (Jo 10, 9). Ele é a Porta e o caminho da salvação, o rosto da misericórdia do Pai. Disse o papa Francisco que o Jubileu significa a grande Porta da misericórdia de Deus.
Mas também as pequenas portas das nossas igrejas abertas permitem que o Senhor entre e sempre nos renove, para que possamos aqui anunciar a alegria do Evangelho”, destacou o arcebispo em sua homilia. Outra passagem bíblica que faz referência à Porta também foi citada por Dom Washington. “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3, 20).
Logo depois da missa, foi lido o decreto do Dom Washington para o Ano da Misericórdia na Arquidiocese de Goiânia, documento que contém toda a programação do Ano Santo. Confira.
O Ano Santo da Misericórdia
É um sinal do encontro de Deus com a humanidade. Se vivido intensamente em cada Igreja particular, permite que qualquer pessoa encontre a misericórdia de Deus Pai através da missão viva da Igreja. O Ano da Misericórdia é um grande sinal diante de tudo o que estamos vivendo no mundo. Mesmo diante do pecado e de tantos acontecimentos negativos, o papa proclama o Ano Santo para nos dizer que Deus é rico em misericórdia.
Itinerário
1. Anunciar a misericórdia de Deus e realizar peregrinações;
2. Ir ao encontro de quem vive nas periferias existenciais para refletir e praticar as obras de misericórdia;
3. Perseverar na oração, no jejum e na caridade;
4. Realizar as 24 horas para o Senhor;
5. Participar de peregrinações à Porta Santa;
6. Acolher os missionários da Misericórdia enviados pelo papa;
7. Perdoar de todo o coração a todos e participar do Sacramento da Reconciliação;
8. Superar a corrupção;
9. Participar da Eucaristia;
10. Fortalecer o ecumenismo e diálogo inter-religioso;
11. Converter-se.
Requisitos para ganhar a graça da indulgência plenária
Para lucrar a indulgência plenária, além da repulsa de todo o afeto a qualquer pecado até venial, requerem-se a execução da obra enriquecida da indulgência e o cumprimento das três condições seguintes: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do papa. (Fonte: Manual das Indulgências)