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Há 16 anos, o bispo da Diocese de Goiás, Dom Eugênio Rixen, presta importante trabalho à sociedade do nosso Estado, se destacando na luta pela defesa pelos direitos humanos e sociais dos mais empobrecidos, trabalhando com a juventude, os migrantes e defendendo a reforma agrária.

Com humildade e testemunho, Dom Eugênio conduz os fiéis católicos dos 23 municípios que compõem a Diocese de Goiás na caminhada da construção de uma sociedade mais humana, justa e igualitária.

Por essas razões, a Assembleia Legislativa de Goiás, através da lei nº 18.412 de 27 de março de 2014, homenageia o bispo natuaral da Bélgica, que reside no Brasil ha 33 anos, com o título de Cidadão Goiano. A cerimônia solene de entrega do título deve ocorrer no mês de maio, na Cidade de Goiás.

Dom Eugênio recebeu a notícia com satisfação, durante audiência pública na Cidade de Goiás, que discutia a inclusão social da população em situação de rua, no último dia 4. O bispo ressaltou que "recebe essa homenagem em nome de todo o povo da Diocese de Goiás".

O Presidente da CNBB, Dom Raymundo Damasceno Assis, fez um agradecimento ao Papa Francisco pela canonização de José de Anchieta na conclusão da Santa Missa em ação de graças pela canonização do novo santo, nesta quinta-feira, 24, na Igreja de Santo Inácio, em Roma.

Segue saudação:

Santidade,

A Igreja no Brasil e o povo brasileiro agradecem a Deus por lhes permitir realizar um sonho que durou mais de 400 anos: ver o Apóstolo do Brasil apresentado à Igreja Universal como testemunha de Jesus Cristo.
Estou certo, Santo Padre, de trazer à sua presença centenas de jesuítas que, ao longo de muitos anos, trabalharam para este momento. Não só dou voz aos filhos de Santo Inácio, mas também a milhares de fiéis leigos envolvidos pela santidade e pelo carisma do Padre Anchieta. Eles deram o melhor de si para que esta celebração acontecesse. Assim, em nome de todos eles, vivos ou já na visão beatífica, quero, do fundo do coração, dizer-lhe: muito obrigado, Santidade!

José de Anchieta chegou jovem ao Brasil, com 19 anos de idade, pouco depois de ter emitido os votos religiosos de pobreza, castidade e obediência. Com um coração juvenil, amou, desde o primeiro contato, o povo brasileiro. A ele, dedicou sua grande inteligência, cultura e erudição, a capacidade de amar e de sofrer por amor. A ele, consagrou suas qualidades humanas, a capacidade de lutar, de ser aguerrido e a sua espiritualidade.
Como um São Francisco do Novo Mundo, revelando notável capacidade de observação da natureza, escreveu a chamada Carta de São Vicente. Nela, com grande erudição, e de modo muito completo e preciso, fez a primeira descrição detalhada da Mata Atlântica, importante bioma brasileiro.

Anchieta, também como o santo de Assis, viveu a pobreza e a simplicidade. Em carta, descreveu como as vivia com os indígenas, chegando ao ponto de relatar que, como toalha de mesa, usavam folha de bananeira, para, em seguida, completar que dela não tinham necessidade, pois qual a razão da toalha se lhes faltava a comida? Como o pobrezinho de Assis, no espírito da perfeita alegria, asseverou que estavam tão felizes naquela situação – ele e os demais jesuítas –, que, ao pensarem no tipo de vida levada nos colégios da Europa, nenhum tipo de saudade lhes vinha ao coração.

Santo Padre, contemplando no Padre Anchieta a simplicidade de vida, o serviço prestado aos marginalizados, o seu modo de vida, encontramos o Senhor da Vida. Nosso Apóstolo se fez santo servindo aos indígenas, aos negros e a todos os pequenos do Brasil. Queremos seguir seus passos. Ele foi o nosso grande e incansável evangelizador. Seu exemplo motiva-nos a irmos destemidamente ao encontro de Jesus Cristo e dos irmãos.

O Padre Anchieta deixou-nos também o exemplo do grande amor que dedicava a Nossa Senhora, a quem sempre pedia socorro. Ela foi sua força e apoio nos momentos cruciais de sua vida: no ambiente conturbado de Coimbra, quando percebeu que sua vida cristã poderia arruinar-se, ou na Aldeia de Iperoig, na costa brasileira, onde, sem nenhum apoio visível – a não ser a oração -, por vários meses permaneceu refém dos índios tupinambá.

Nesse trágico momento, mais uma vez recorreu a Maria e, certo de sua ajuda, começou a escrever o Poema da Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, expressão de sua extraordinária devoção e amor à Santíssima Virgem.
Santo Padre, muito obrigado por nos permitir partilhar com os cristãos do mundo todo o belo testemunho que foi a vida de São José de Anchieta, o Apóstolo do Brasil.

Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis
Arcebispo de Aparecida, SP
Presidente da CNBB

 

Oração, trabalho e fraternidade: desta forma podemos definir a 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que começou hoje e vai até o dia 9 de maio, nas dependências do Santuário Nacional de Aparecida (SP). Durante coletiva de imprensa, na tarde desta quarta-feira, os bispos apresentaram a programação prevista para o evento, que conta com a participação de cerca de 350 bispos de todo país.

O tema central da Assembleia é a renovação paroquial, que foi tratado na Assembleia de 2013 e resultou no texto Estudo 104 da CNBB: “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”. De acordo com o arcebispo de Manaus (AM), dom Sérgio Eduardo Castriani, esta reflexão é fruto de um momento especial vivido por toda a Igreja. “Está sendo um período muito rico, de renovação e reflexão sobre a conversão pastoral da Igreja, e da paróquia em particular”. Ele explica que o trabalho dos bispos agora recolhe a reflexão realizada nas comunidades, paróquias e dioceses de todo país. “O processo foi muito fecundo e marcou profundamente a vida da Igreja no Brasil. Propomos agora um documento final que será apreciado pelos bispos”.

Antes de iniciar o estudo deste tema, os bispos fazem uma importante análise da conjuntura social e eclesial do Brasil, como nos explica o arcebispo de Mariana (MG), dom Geraldo Lyrio Rocha. “Começamos assim para que possamos ter diante de nossos olhos e trazer no coração, o momento que se vive na Igreja e na sociedade, porque isso que vai emoldurar a discussão e o desenrolar de toda a Assembleia”, explica. Este estudo foi realizado na tarde desta quarta-feira.

A edição de 2014 da Assembleia Geral tem a influência do clima festivo após as recentes canonizações de São José de Anchieta, São João XXIII e São João Paulo II. Durante a coletiva de imprensa, foi divulgada uma nota da Conferência pela celebração do 1º de maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora. O episcopado brasileiro reconhece os avanços conquistados pela classe trabalhadora, mas também pontua os desafios que ainda persistem neste campo. No texto, a CNBB se faz solidária aos trabalhadores, manifestando apoio às suas lutas e reivindicações.

O Regional Centro-Oeste da CNBB recebe com profunda tristeza a notícia do falecimento de Dom Tomás Balduíno, OP, bispo emérito da Diocese de Goiás (GO), ocorrido em Goiânia (GO), neste sábado (02/05).

Dom Tomás, inspirado por seu lema episcopal “Homines Capiens” (Pescador de Homens), dedicou sua vida e ministério ao serviço do Povo de Deus e à defesa dos direitos humanos, especialmente à causa dos pequenos agricultores e povos indígenas.

Em 1965, foi nomeado Prelado de Conceição do Araguaia (PA) e em 1967 foi transferido para a Diocese de Goiás, onde trabalhou por 31 anos. Marcou profundamente a história da Igreja no Brasil, ao colaborar na fundação do Conselho Indigenista Missionário e da Comissão Pastoral da Terra, que presidiu entre 1997 e 1999, permanecendo como presidente de honra.

Ao manifestar pesar pela morte de dom Tomás, o Regional Centro Oeste CNBB, eleva uma prece de ação de graças pelo ardoroso trabalho deste missionário da palavra e da ação em favor da construção do Reino.

 

Sediado pela Paróquia Santo Antônio de Pádua, em Mara Rosa (GO), o 16º Congresso Diocesano do Ministério Jovem teve início dia 2 de maio, com a Santa Missa presidida pelo pároco daquela cidade, padre Edval Rodrigues e participação animada de grande número de jovens.

O segundo dia foi marcado por workshops, pregações, Via-Sacra, Adoração ao Santíssimo e a Santa Missa, sempre mantendo o espírito de animação e fé, próprios da juventude cristã.

Com mais de mil pessoas envolvidas, o Congresso já é um sucesso na Diocese de Uruaçu. Participaram desta edição, 22 cidades e mais de 30 paróquias de toda a diocese, totalizando mais de 650 jovens. Dez padres também marcaram presença e, durante o evento, se dedicaram ao atendimento de confissões e orientações aos jovens.

No domingo, 4, os jovens participaram de duas pregações além da missa de encerramento, que foi presidida pelo diretor espiritual da Renovação Carismática Católica (RCC) na Diocese de Uruaçu, padre Marcelo Francisco. Na ocasião, foi anunciada a Paróquia Nossa Senhora de Fátima, da cidade de Goianésia, para sediar e organizar a 17ª edição do Congresso Diocesano do Ministério Jovem, em 2015. Este anúncio foi recebido com entusiasmo e alegria pelos jovens presentes.



Homilia completa da missa de encerramento da JMJ 2016, na Polônia
Queridos jovens, vieste a Cracóvia para encontrar Jesus. E o Evangelho de hoje fala-nos precisamente do encontro entre Jesus e um homem, Zaqueu, em Jericó (cf. Lc 19, 1-10). Aqui, Jesus não Se limita a pregar ou a saudar alguém, mas quer – diz o Evangelista – atravessar a cidade (cf. v. 1). Por outras palavras, Jesus deseja aproximar-Se da vida de cada um, percorrer o nosso caminho até ao fim, para que a sua vida e a nossa se encontrem verdadeiramente.

E assim acontece o encontro mais surpreendente, o encontro com Zaqueu, o chefe dos “publicanos”, isto é, dos cobradores de impostos. Zaqueu era, pois, um rico colaborador dos odiados ocupantes romanos; era um explorador do seu povo, alguém que, pela sua má reputação, não podia sequer aproximar-se do Mestre. Mas o encontro com Jesus muda a sua vida, como sucedeu ou pode suceder cada dia com cada um de nós. Entretanto Zaqueu teve de enfrentar alguns obstáculos para encontrar Jesus: pelo menos três, que podem dizer algo também a nós.

O primeiro é a baixa estatura: Zaqueu não conseguia ver o Mestre, porque era pequeno. Também hoje podemos correr o risco de ficar à distância de Jesus, porque não nos sentimos à altura, porque temos uma baixa opinião de nós mesmos. Esta é uma grande tentação, que não tem a ver apenas com a autoestima, mas toca também a fé. Porque a fé diz-nos que somos “filhos de Deus; e, realmente, o somos” (1 Jo 3, 1): fomos criados à sua imagem; Jesus assumiu a nossa humanidade, e o seu coração não se afastará jamais de nós; o Espírito Santo deseja habitar em nós; somos chamados à alegria eterna com Deus. Esta é a nossa “estatura”, esta é a nossa identidade espiritual: somos os filhos amados de Deus, sempre. Compreendeis então que não aceitar-se, viver descontentes e pensar de modo negativo significa não reconhecer a nossa identidade mais verdadeira? É como voltar-se para o outro lado enquanto Deus quer pousar o seu olhar sobre mim, é querer apagar o sonho que Ele tem para mim. Deus ama-nos assim como somos, e nenhum pecado, defeito ou erro Lhe fará mudar de ideia. Para Jesus – assim no-lo mostra o Evangelho –, ninguém é inferior e distante, ninguém é insignificante, mas todos somos prediletos e importantes: tu és importante! E Deus conta contigo por aquilo que és, não pelo que tens: a seus olhos, não vale mesmo nada a roupa que vestes ou o telemóvel que usas; não Lhe importa se andas na moda ou não, importas-Lhe tu. A seus olhos, tu vales; e o teu valor é inestimável.

Quando acontece na vida diminuirmo-nos em vez de nos enobrecermos, pode ajudar-nos esta grande verdade: Deus é fiel em amar-nos, até mesmo obstinado. Ajudar-nos-á pensar que Ele nos ama mais do que nos amamos nós mesmos, que crê em nós mais de quanto acreditamos nós mesmos, que sempre nos apoia como o mais irredutível dos nossos fãs. Sempre nos aguarda com esperança, mesmo quando nos fechamos nas nossas tristezas e dores, remoendo continuamente as injustiças recebidas e o passado. Mas, afeiçoar-nos à tristeza, não é digno da nossa estatura espiritual. Antes pelo contrário; é um vírus que infecta e bloqueia tudo, que fecha todas as portas, que impede de reiniciar a vida, de recomeçar. Deus, por seu lado, é obstinadamente esperançoso: sempre acredita que podemos levantar-nos e não Se resigna a ver-nos apagados e sem alegria. Porque somos sempre os seus filhos amados. Lembremo-nos disto, no início de cada dia. Far-nos-á bem dizê-lo na oração, todas as manhãs: “Senhor, agradeço-Vos porque me amais; fazei-me enamorar da minha vida”. Não dos meus defeitos, que hão de ser corrigidos, mas da vida, que é um grande dom: é o tempo para amar e ser amado.

Zaqueu tinha um segundo obstáculo no caminho do encontro com Jesus: a vergonha paralisadora. Podemos imaginar o que se passou no coração de Zaqueu antes de subir àquele sicómoro: terá havido uma grande luta; por um lado, uma curiosidade boa, a de conhecer Jesus; por outro, o risco de fazer triste figura. Zaqueu era uma figura pública; sabia que, tentando subir à árvore, se faria ridículo aos olhos de todos: ele, um líder, um homem de poder. Mas superou a vergonha, porque a atração de Jesus era mais forte. Tereis já experimentado o que acontece quando uma pessoa se nos torna tão fascinante que nos enamoramos: então pode suceder fazermos voluntariamente coisas que de outro modo nunca teríamos feito. Algo semelhante aconteceu no coração de Zaqueu, quando sentiu que Jesus era tão importante que, por Ele, estava pronto a tudo, porque Ele era o único que poderia retirá-lo das areias movediças do pecado e da infelicidade. E assim a vergonha que paralisa não levou a melhor: Zaqueu – diz o Evangelho – “correndo à frente, subiu” e depois, quando Jesus o chamou, “desceu imediatamente” (vv 4.6). Arriscou e colocou-se em jogo. Aqui está também para nós o segredo da alegria: não apagar a boa curiosidade, mas colocar-se em jogo, porque a vida não se deve fechar numa gaveta. Perante Jesus, não se pode ficar sentado à espera de braços cruzados; a Ele que nos dá a vida, não se pode responder com um pensamento ou com uma simples “mensagem”.

Queridos jovens, não vos envergonheis de Lhe levar tudo, especialmente as fraquezas, as fadigas e os pecados na Confissão: Ele saberá surpreender-vos com o seu perdão e a sua paz. Não tenhais medo de Lhe dizer “sim” com todo o entusiasmo do coração, de Lhe responder generosamente, de O seguir. Não vos deixeis anestesiar a alma, mas apostai no amor formoso, que requer também a renúncia, e um “não” forte ao doping do sucesso a todo o custo e à droga de pensar só em si mesmo e nas próprias comodidades.

Depois da baixa estatura e da vergonha incapacitante, houve um terceiro obstáculo que Zaqueu teve de enfrentar, não dentro de si mesmo, mas ao seu redor. É a multidão murmuradora, que primeiro o bloqueou e depois criticou-o: Jesus não devia entrar na casa dele, na casa dum pecador. Como é difícil acolher verdadeiramente Jesus! Como é árduo aceitar um “Deus, rico em misericórdia” (Ef 2, 4)! Poderão obstaculizar-vos, procurando fazer-vos crer que Deus é distante, rígido e pouco sensível, bom com os bons e mau com os maus. Ao contrário, o nosso Pai “faz com que o Sol se levante sobre os bons e os maus” (Mt 5, 45) e convida-nos a uma verdadeira coragem: ser mais fortes do que o mal amando a todos, incluindo os inimigos. Poderão rir-se de vós, porque acreditais na força mansa e humilde da misericórdia. Não tenhais medo, mas pensai nas palavras destes dias: “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7). Poderão considerar-vos sonhadores, porque acreditais numa humanidade nova, que não aceita o ódio entre os povos, não vê as fronteiras dos países como barreiras e guarda as suas próprias tradições, sem egoísmos nem ressentimentos. Não desanimeis! Com o vosso sorriso e os vossos braços abertos, pregais esperança e sois uma bênção para a única família humana, que aqui tão bem representais.

Naquele dia, a multidão julgou Zaqueu, mediu-o de cima a baixo; mas Jesus fez o contrário: levantou o olhar para ele (v. 5). O olhar de Jesus ultrapassa os defeitos e vê a pessoa; não se detém no mal do passado, mas entrevê o bem no futuro; não se resigna perante os fechamentos, mas procura o caminho da unidade e da comunhão; único no meio de todos, não se detém nas aparências, mas vê o coração. Com este olhar de Jesus, vós podeis fazer crescer outra humanidade, sem esperar louvores, mas buscando o bem por si mesmo, felizes por conservar o coração limpo e lutar pacificamente pela honestidade e a justiça. Não vos detenhais à superfície das coisas e desconfiai das liturgias mundanas do aparecer, da maquilhagem da alma para parecer melhor. Em vez disso, instalai bem a conexão mais estável: a de um coração que vê e transmite o bem sem se cansar. E aquela alegria que gratuitamente recebestes de Deus, gratuitamente dai-a (cf. Mt 10, 8), porque muitos esperam por ela.

Ouçamos, por fim, as palavras de Jesus a Zaqueu, que parecem ditas de propósito para nós hoje: “Desce depressa, pois hoje tenho de ficar em tua casa” (v. 5). Jesus dirige-te o mesmo convite: “Hoje tenho de ficar em tua casa”. A JMJ – poderíamos dizer – começa hoje e continua amanhã, em casa, porque é lá que Jesus te quer encontrar a partir de agora. O Senhor não quer ficar apenas nesta bela cidade ou em belas recordações, mas deseja ir a tua casa, habitar a tua vida de cada dia: o estudo e os primeiros anos de trabalho, as amizades e os afetos, os projetos e os sonhos. Como Lhe agrada que tudo isto seja levado a Ele na oração! Como espera que, entre todos os contatos e os chat de cada dia, esteja em primeiro lugar o fio de ouro da oração! Como deseja que a sua Palavra fale a cada uma das tuas jornadas, que o seu Evangelho se torne teu e seja o teu “navegador” nas estradas da vida!

Ao pedir para ir a tua casa, Jesus – como fez com Zaqueu – chama-te pelo nome. O teu nome é precioso para Ele. O nome de Zaqueu evocava, na linguagem da época, a recordação de Deus. Fiai-vos na recordação de Deus: a sua memória não é um “disco rígido” que grava e armazena todos os nossos dados, mas um coração terno e rico de compaixão, que se alegra em eliminar definitivamente todos os nossos vestígios de mal. Tentemos, também nós agora, imitar a memória fiel de Deus e guardar o bem que recebemos nestes dias. Em silêncio, façamos memória deste encontro, guardemos a recordação da presença de Deus e da sua Palavra, reavivemos em nós a voz de Jesus que nos chama pelo nome. Assim rezemos em silêncio, fazendo memória, agradecendo ao Senhor que aqui nos quis e encontrou.

Fonte: Rádio Vaticano

 

 

O arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Sergio da Rocha participa da 31ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Cracóvia, na Polônia. Dom Sergio foi convidado pela equipe organizadora da JMJ para atuar como bispo catequista, cuja função é orientar as catequeses dos vários grupos linguísticos provenientes de 192 países presentes no evento.

As catequeses acontecem durante três manhãs, cada dia com um tema diferente. Este ano o tema geral é: “Felizes os misericordiosos porque alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7)”. Nos outros dias, consecutivamente, serão abordados os seguintes temas: Este é tempo de misericórdia; Deixar-se tocar pela misericórdia de Cristo; e Senhor faz de mim um instrumento da tua misericórdia. Jovens de Portugal, de países africanos de língua portuguesa e do próprio Brasil, estiveram presentes em grande número nessas catequeses.

Em conversa por e-mail, Dom Sergio destacou vários pontos importantes desta vivência de Jornada. Um deles foi o grande número de jovens provenientes de pastorais, e movimentos da Arquidiocese de Brasília, além dos padres diocesanos e religiosos que atuam na Capital Federal e também estão em grande número por lá.

Dom Sergio aproveitou para falar sobre a experiência de participar da Jornada que é o maior evento jovem do mundo. “Já tive a oportunidade de participar das últimas jornadas, como bispo catequista. É sempre uma experiência bonita demais para ser resumida em poucas palavras. Destaco dois pontos que comovem e animam todos nós a caminhar, pois peregrinar é caminhar juntos! Primeiro: o testemunho alegre da multidão de jovens de todo o mundo, unidos nas celebrações e espalhados pelas ruas da cidade sede. Segundo: a presença do papa animando ainda mais a juventude e todos nós”, ressaltou o bispo.

Por fim, ele acrescentou: “Deus sempre nos surpreende. Há muitos gestos bonitos de fé, de amizade e de misericórdia acontecendo em toda a parte durante a Jornada. Pude testemunhar, por exemplo, o perdão e a reconciliação entre jovens que se abraçaram comovidos”, disse o bispo que completou: “quem participa da JMJ se prepara também para fazer sacrifícios, como as dificuldades com a língua (polonês é uma língua muito diferente da nossa), com a comida e transportes. Mas os aspectos positivos é que sobressaem e permanecem na vida dos que participam, como a acolhida e o testemunho de fé dos poloneses, conhecer e fazer amizade com jovens das várias regiões do Brasil e do mundo, e a alegria de ver o papa Francisco de perto. No caso de Cracóvia, conhecer a terra onde viveu e foi arcebispo o nosso saudoso papa São João Paulo II, a quem devemos as JMJ. Esta é a Jornada da Misericórdia, acontecendo em Cracóvia, terra também de Santa Faustina, a quem muito devemos a devoção à Divina Misericórdia. Rezemos pelos frutos da Jornada na vida dos jovens e de toda a Igreja”, finalizou Dom Sergio.

A Jornada Mundial da Juventude segue até o dia 31, próximo domingo. Até lá as atividades mais aguardadas pelos jovens, com a presença do Santo Padre, o papa Francisco são: Via Sacra, que acontecerá na noite de desta sexta-feira na cidade sede (será transmitido às 12h40 do horário de Brasília), a Vigília de Oração que acontece no sábado e a Missa de Encerramento, no domingo.

Participam cerca de 2 milhões de pessoas nesta que é a 31ª Jornada Mundial da Juventude, realizada na terra natal de São João Paulo II, idealizador do evento.

Fonte: Arquidiocese de Brasília


Na manhã de quarta-feira (27), o bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia, Dom Levi Bonatto, presidiu a Santa Missa da Catequese para os peregrinos de língua portuguesa durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontece nesta semana em Cracóvia, na Polônia. Concelebraram com ele os padres Max Costa, Vítor Simão, José Luiz da Silva, Jonathan Costa, todos da Arquidiocese de Goiânia, que estão na JMJ acompanhando os mais de 70 jovens da delegação dessa Igreja particular.

O bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG), Dom João Justino, conduziu a catequese e ministrará outras durante o encontro. As catequeses são ministradas em diferentes idiomas por bispos de todo o mundo. Seu objetivo é introduzir os peregrinos na mensagem da bem-aventurança, “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia” (Mt 5,7), eleita pelo Santo Padre como tema da 31ª Jornada Mundial da Juventude, de Cracóvia 2016.

Para que todos os jovens possam participar, as catequeses serão orientadas em toda a cidade, tanto nas igrejas como em outros lugares. Durante esses momentos, os sacerdotes ajudarão os jovens a entender o sentido do Sacramento da Penitência e da reconciliação. Além disso, os participantes podem confessar-se nestes dias pela manhã. Todas as catequeses terminam com a Eucaristia.

A programação da JMJ continua até o próximo dia 31. Confira: http://www.krakow2016.com

Fonte: Arquidiocese de Goiânia

 

 

O ponto alto das atividades do Santo Padre, na tarde desta quinta-feira (28), em terras polonesas, foi a cerimônia de boas-vindas no Parque Jordan, na esplanada de Błonia, em Cracóvia.

Após ter recebido as chaves da Cidade de Cracóvia, por parte do prefeito, na praça diante da sede do Arcebispado, o papa se dirigiu de papamóvel a Błonia. Antes da chegada de Francisco ao parque, os jovens da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) se preparam com momentos de oração e reflexão sobre o tema: “Chamados à santidade”.

A seguir, os representantes dos países participantes da JMJ desfilaram com suas bandeiras e as figuras das “testemunhas da misericórdia”, que representam os diversos continentes do mundo: São Vicente de Paula (Europa), bem-aventurada Madre Teresa de Calcutá (Ásia), Santa Maria McKillop (Austrália e Oceania), São Damião de Veuster de Molokai (América do Norte), e a bem-aventurada Irmã Dulce (América do Sul).

Por fim, com a chegada do papa, o arcebispo de Cracóvia, cardeal Stanislaw Dziwisz, fez seu discurso de boas-vindas a Francisco e aos milhares de jovens que participam desta 31ª Jornada Mundial da Juventude. Depois de uma encenação dos jovens e da leitura do episódio evangélico de Marta e Maria, o pontífice tomou a palavra e disse: “Finalmente encontramo-nos! Obrigado pela calorosa recepção! Agradeço ao cardeal Dziwisz, aos bispos, aos sacerdotes, aos religiosos, aos seminaristas e a todos aqueles que os acompanham. Obrigado aos que tornaram possível a nossa presença aqui. Agradeço de modo especial a São João Paulo II que sonhou e deu impulso a estes encontros da juventude. Do céu, ele nos acompanha, sobretudo os tantos jovens pertencentes a povos, culturas, línguas diferentes”.

Os jovens, disse Francisco, são animados por um único motivo: celebrar Jesus, vivo no meio de nós, que renova o nosso desejo de segui-lo, de viver com paixão o seu seguimento. E perguntou: “Qual ocasião melhor para renovar a nossa amizade com Jesus e entre nós, reforçar nossa amizade com ele e partilhá-la com os outros? Qual maneira melhor para viver a alegria do Evangelho e com ele contagiar o mundo, em meio a tantas situações dolorosas e difíceis?” E respondeu: “Jesus nos convocou para esta 31ª JMJ e nos diz: ‘Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. Felizes os que sabem perdoar, ter um coração compassivo, dar o melhor de si mesmos aos outros. Nestes dias, a Polônia está em festa e representa o rosto sempre jovem da misericórdia. Unidos espiritualmente aos jovens que não puderam estar presentes, celebramos a nossa Jornada e a Festa Jubilar”.

Hoje, acrescentou o papa, a Igreja quer aprender, com vocês, renovar a sua confiança na misericórdia do Pai, que tem o rosto sempre jovem e não cessa de nos convidar para segui-lo. Por outro lado, Francisco frisou que “o rosto da misericórdia é jovem”.
Um coração misericordioso, afirmou, não se deixa levar pela comodidade; sabe ir ao encontro dos outros e abraçar a todos; sabe ser refúgio, acolhedor e capaz de compaixão; sabe partilhar o pão com o faminto; sabe receber o refugiado e o migrante. Misericórdia significa oportunidade, futuro, compromisso, confiança, abertura, hospitalidade, compaixão, sonhos.

Partindo da sua experiência pessoal, Francisco expressou sua tristeza por ver certos jovens que parecem “aposentados”, que se arrendem, são desanimados e apáticos, que buscam falsas ilusões. A força para vencer todos os obstáculos da vida, recordou o pontífice, vem de uma pessoa: Jesus Cristo. Ele nos leva a dar o melhor de nós mesmos, nos interpela, nos convida e ajuda a reerguer-nos e nos impele a levantar o olhar para o céu.

Aqui, o papa se referiu à passagem evangélica de Marta, Maria e Lázaro, que acolhem Jesus em sua casa. Às vezes, disse, as nossas lidas nos fazem agir como Marta: ativos, distraídos, sempre atarefados; outras vezes somos como Maria: refletimos, ouvimos. E acrescentou: “Nestes dias da JMJ, Jesus quer entrar em nossa casa; dar-se conta das nossas preocupações, da nossa pressa, como fez com Marta... e espera que o escutemos como Maria: que tenhamos coragem de confiar nele. Que estes sejam dias dedicados a Jesus, à sua Palavra e àqueles que refletem o seu rosto”.

A felicidade, afirmou o pontífice, germina e desabrocha na misericórdia. A misericórdia, repetiu, tem rosto jovem, como o de Maria de Nazaré, a “Mãe da misericórdia”. E concluiu convidando os jovens a rezarem com ele: “Peçamos ao Senhor que nos lance na aventura da misericórdia, na aventura de construir pontes e derrubar muros e barreiras de arame farpado; na aventura de socorrer os pobres, os excluídos, os abandonados, os desesperados, os idosos. Eis-nos aqui, Senhor! Enviai-nos para partilhar vosso Amor Misericordioso. Queremos acolher-vos nesta JMJ e confirmar que a vida é plena quando é vivida com misericórdia”.

Com este discurso, o Santo Padre concluiu seu segundo dia de permanência em terras polonesas. Recordamos que, após o jantar, o papa vai aparecer à janela da sede do arcebispado de Cracóvia para saudar os fiéis e os jovens presentes na praça. Está prevista a presença de um grupo de casais e de recém-casados.

Fonte: Rádio Vaticano

 


Nos dias 26 a 28 de agosto, acontecerá no Mosteiro da Santa Cruz, em Anápolis (GO), o 17º Encontro de Diáconos, Candidatos e Esposas, do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal). O tema deste ano é “Diaconia, expressão da misericórdia de Deus”, e o lema, “Misericordiosos como o Pai (Lc 6, 36)”, em sintonia com o Ano Santo da Misericórdia.

Os pregadores do encontro serão o bispo diocesano de Anápolis, Dom João Wilk, e o bispo auxiliar de Brasília e referencial para os diáconos, Dom João Aparecido Gonçalves. O encontro começa na sexta-feira com a Santa Missa, às 18h, e encerra no domingo com o almoço. Os participantes devem levar Bíblia, Liturgia das Horas, túnicas e estolas. As inscrições devem ser confirmadas até o próximo dia 12 de agosto, pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Mais informações: (61) 99977-4038.

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