Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
Cerca de 2 mil pessoas se reuniram na Praça Coronel Bertaso, em frente à Catedral Santo Antônio, no centro de Chapecó (SC), na manhã de terça-feira (6), para participar da missa de sétimo dia às vítimas do acidente aéreo que matou 71 pessoas, da delegação da Chapecoense e profissionais de imprensa, na Colômbia, no dia 29 de novembro.
A celebração foi presidida pelo arcebispo de Brasília e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Dom Sergio da Rocha, que levou uma mensagem de conforto aos familiares das vítimas. Durante a missa, foi feita uma corrente de oração pela saúde dos sobreviventes e, principalmente, pela valorização, o legado e as lições que a comunidade e o time chapecoense deixaram ao mundo. Vestidas com o uniforme do time, as crianças que fazem parte da escolinha do clube emocionaram a todos ao acenderem 71 velas do lado de fora da Igreja em homenagem aos mortos. Ao término da celebração elas seguraram também 71 balões verdes sob os gritos de, Vamos, vamos, Chape!
Em Brasília
Na tarde do mesmo dia 6 de novembro, cerca de 200 pessoas participaram na Catedral Metropolitana de Brasília, da missa de sétimo dia pela morte das vítimas do acidente. A celebração foi presidia pelo bispo auxiliar Dom Marcony Ferreira e concelebrada pelo pároco da Catedral, padre João Firmino, que é responsável pela Pastoral do Esporte; além do padre Marcus Venícius de Sousa e o padre Valdemir da Diocese de Macapá, que está em visita a Brasília.
No altar, placas com 71 nomes fez memória às vítimas da tragédia.
Dom Marcony fez sua homilia comentando o evangelho do dia que fala da ovelha perdida. “Nós somos a ovelha perdida. É por nós que Deus vem correndo ao encontro para nos trazer de volta ao rebanho. Por isso a atitude da ovelha deve ser uma atitude de confiança, de jogar-se nas mãos do seu Pastor. É esta confiança que nos traz a certeza que Ele não nos abandona. Em qualquer situação que estejamos e, sobretudo em circunstancias difíceis em que a própria razão não explica, em que nosso coração fica pequenino, diminuído e que sofremos”.
Na manhã do último domingo (27) a Arquidiocese de Brasília recepcionou Dom Sergio da Rocha, criado cardeal pelo papa Francisco no dia 19 de novembro, em Roma. O novo cardeal brasileiro presidiu missa na Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida com cerca de 2 mil pessoas presentes das mais diversas comunidades e paróquias da Arquidiocese.
Diversos bispos também participaram, como o arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz e o bispo emérito de Floriano (PI), Dom Augusto Alves; os bispos auxiliares de Brasília, Dom José Aparecido, Dom Leonardo Ulrich Steiner e Dom Marcony Ferreira, além de padres, diáconos e seminaristas da Arquidiocese de Brasília. O bispo auxiliar Dom Valdir Mamede estava em Visita Pastoral Missionária, nas comunidades.
Antes da celebração, Dom Sergio foi homenageado com uma salva de palmas na Catedral. Diversas crianças, vestidas de ovelhas e guiadas por um pastor, se dirigiram até o altar para ficar perto do cardeal, enquanto ele ouvia as palavras de agradecimento e felicitação. Logo após a homenagem, o arcebispo recebeu de presente um novo Báculo, que para a Igreja representa o cajado que o pastor usa para conduzir o rebanho do Senhor.
“Recentemente aqui estive na nossa Catedral presidindo o encerramento do Ano Santo da Misericórdia que foi um momento especial que nossa Igreja esteve reunida para bendizer a Deus por tantos sinais que mostram o quanto Ele nos ama, que está conosco e nos conduz. E nós naquele momento ressaltamos que as portas da misericórdia continuavam abertas na Igreja. Hoje nós aqui estamos reunidos para bendizer a Deus mais uma vez por sua misericórdia”, disse, em tom de agradecimento, durante sua homilia.
Dom Sergio também falou sobre sua nova missão como cardeal. “Eu tenho dito em várias ocasiões que eu entendo que ser cardeal da Igreja é primeiramente um gesto de
bondade e confiança do papa Francisco, mas é acima de tudo, um gesto de misericórdia de Deus. Por isso estamos aqui nesta manhã dando continuidade àquele grande louvor pela misericórdia Divina”.
No fim da celebração, o bispo auxiliar Dom José Aparecido fez uma homenagem em nome de todo o Clero lendo um texto onde recordava momentos de convivência e pastoreio vividos com Dom Sergio. Dom Aparecido ressaltou a humildade e o grande amor que o cardeal tem pelo seu rebanho, sobretudo pelos mais pobres e flagelados.
Após a celebração, o arcebispo recebeu os cumprimentos dos fiéis.
Junto com Dom Sergio foram criados mais 16 cardeais, dos quais 13 eleitores, de 11 países diferentes. Com a escolha de Dom Sergio, o Brasil passa a ter onze cardeais, dos quais cinco com menos de 80 anos de idade, portanto, aptos a votar em eventual Conclave para a escolha de um novo papa: Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro; Dom Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida; Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo e Dom João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília.
Informações e fotos: Arquidiocese de Brasília
Está formada a nova presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) que, a partir de sexta-feira (24) passa a ter como presidente o arcebispo de Brasília (DF), dom Sérgio da Rocha; vice-presidente do arcebispo de Salvador (BA), dom Murilo Krieger; e o secretário geral reeleito o bispo auxiliar de Brasília, dom Leonardo Steiner.
Em coletiva de imprensa realizada na terça-feira (21) comentou que nas eleições da CNBB o clima é amistoso. “Ainda bem que entre nós, bispos, as disputas acontecem de forma respeitosa, em clima fraterno, acolhendo cordialmente os resultados com espírito de unidade, porque cremos que quem está nos conduzindo é o Espírito Santo”, disse.
Dom Sérgio disse também que a presidência não age por conta própria, mas segue a missão de ajudar a cumprir as decisões e propostas do episcopado. “Nos colocamos como servidores da Igreja. Os cargos que assumimos não são honrarias, mas um serviço que queremos prestar à Igreja por meio da CNBB. Esse ano a Campanha da Fraternidade recordou a palavra de Jesus ‘Eu vim para servir’ e esse é o espírito que nos anima quando assumimos essas funções. Queremos ser cada vez mais servidores de uma Igreja servidora, como insiste o papa Francisco”, disse.
Missão da Igreja
O arcebispo de Salvador (BA) e vice-presidente eleito da Conferência, dom Murilo Krieger, citou o posicionamento da entidade diante da situação que o país enfrenta, afirmando que os momentos de crise não são necessariamente negativos, e sim decisivos. Ele lembrou que a função da Igreja na sociedade é apontar valores que nem sempre são lembrados, que possam iluminar a caminhada da sociedade, ampliar gestos de solidariedade e trazer a paz como consequência.
Diálogo
O secretário geral reeleito da CNBB, dom Leonardo Steiner, ressaltou que ao longo da história a CNBB sempre procura dialogar com todas as camadas sociais e representantes da sociedade. “A Igreja faz parte da sociedade e como pastores, queremos dar nossa contribuição. Faremos o esforço de levar adiante a busca da reconciliação, da justiça, de uma sociedade que as pessoas tenham vez e voz, para a busca de um mundo cada vez mais justo e fraterno”, encerrou.
A cerimônia de posse da nova Presidência ocorrerá na sexta-feira, 24, último dia da 53ª Assembleia Geral, às 10h30, no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho, em Aparecida (SP).
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