Tu és Pedro, e eu te darei as chaves do Reino dos céus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 16,13-20
Em sintonia com o Ano Nacional do Laicato, a Diocese de Ipameri realizou no dia 23 de setembro, a 15ª Romaria Diocesana ao Santuário de Nossa Senhora da Salete, em Caldas Novas- Goiás. O tema da peregrinação foi “Salete, opção pelos leigos e leigas, por um mundo reconciliado”. O tríduo em preparação aconteceu nos dias 20 a 22. Nas primeiras horas da manhã do dia 23, os romeiros se concentraram na praça central da cidade – Paróquia Nossa Senhora das Dores – de onde saíram cantando e pedindo graças à Mãe da Salete.
Durante o percurso de 5 km, houve algumas paradas para oração, meditação e cantos. Foi um momento bonito de devoção, em que os romeiros expressaram, por meio do sacrifício, a sua fé. Às 10 horas, já no Santuário, a Santa Missa foi presidida pelo bispo de Itumbiara - Goiás, Dom Antônio Fernando Brochini,mss e concelebrada por vários presbíteros, entre eles o administrador diocesano de Ipameri, Pe. Orcalino Lopes da Silva; o reitor do Santuário, Pe. Adilson Schio,ms; o superior dos Missionários da Sagrada Família, Pe. Itacir Brasciani,msf; o superior dos Missionários Saletinos, Pe. Ildefonso Salvadego,ms, além de outros presbíteros do Clero Diocesano e convidados de dioceses vizinhas.
Dom Fernando Brochini,mss, deixou uma mensagem muito importante aos romeiros que participaram da celebração. Ele explicou que ser leigo, tema da romaria deste ano, diferente do que muitos pensam, não se trata daquele que desconhece algo. O leigo é parte do povo (laikós, em grego). Na Igreja, os leigos e leigas são o povo de Deus, “querido e amado de tal forma que o Senhor não duvidou nenhum instante de vir e assumir a pequenez da nossa natureza”, disse em sua homilia.
As lágrimas derramadas por Nossa Senhora em La Salette, na França, há 172 anos – conforme explicou Dom Fernando, expressam a angústia de uma mãe que vê o seu filho desprezado pela humanidade, mas também deve nos levar a sentir o que os dois pastorzinhos: Melânia e Maximino, experimentaram naquele dia. “Eles sentiram a doçura do amor no coração que realmente acolheu Deus em sua vida. Aquelas lágrimas se transformaram em gotas de luz à medida que caíram sobre suas roupas e Deus recriou os corações das duas crianças, dando coragem a elas com a presença do seu Espírito, numa época em que as crianças eram ainda menos valorizadas que hoje”, explicou.
São duas as lições de Nossa Senhora da Salete, que precisamos levar conosco, conforme Dom Fernando. A primeira se trata do pouco tempo que dedicamos ao Senhor: “Uma das crianças pergunta por que Nossa Senhora chorava e ela respondeu que suas lágrimas escorriam porque temos sete dias na semana e um só para dedicar a Deus e nem isso respeitamos”. Hoje, continuou ele, isso ainda está muito pior: “programamos passeios, churrascos com amigos, exercícios físicos, mas são poucos aqueles que tiram um momento de sua atenção para o Senhor. Portanto, foram poucas aquelas lágrimas que verteram dos olhos de Nossa Senhora”. Já a segunda, diz respeito à conversão: “Ela nos pede mudança de mentalidade, de costumes, de comportamento e que procuremos imitar em nossas vidas a própria vida de seu Filho Jesus. Então, quando a gente olha essa manifestação de Deus por meio de Maria, nós somos também questionados em nosso modo de ser e de viver”.
TestemunhosLázaro Simar Peixoto, de 56 anos, participa da romaria desde quando começou. Para ele é motivo de muita emoção e alimento para a fé estar ali todos os anos. Ele disse: “É uma festa muito bonita em que alimentamos nossa fé e testemunhamos o quanto as pessoas amam Nossa Senhora da Salette”, disse. Jordana Cristina Fernandes, que participa da romaria desde 2010, vem para agradecer a Nossa Senhora pelas graças alcançadas. “É gratificante estar aqui nesta romaria que nos dá forças e nos une como família cristã que agradece por tudo aquilo que Deus nos concede em nossas vidas”. Kaylane Sousa de Almeida, 15 anos, de Urutaí - Goiás, vem pela segunda vez à romaria. Ela foi conquistada pela Santa Missa rezada no Santuário a Nossa Senhora da Salete. “Gostei tanto de vir o ano passado que tive que voltar neste ano e estou muito agradecida a Deus por estar aqui. Amo essa missa no Santuário e ainda não fiz a experiência de peregrinar até aqui, mas pretendo fazê-lo no ano que vem”, declarou.
Após a celebração, foram feitos diversos pronunciamentos pelos presbíteros presentes. O reitor do Santuário agradeceu a todos pela participação e bela romaria que proporcionaram em mais um ano. O administrador diocesano, Pe. Orcalino Lopes da Silva, também fez suas considerações, agradeceu os romeiros e os presbíteros que se disponibilizaram a vir para a festa da Mãe da Salette. Inclusive o Pe. José Luiz da Silva, formador do Seminário Santa Cruz, da Arquidiocese de Goiânia – Goiás, onde a Diocese de Ipameri tem dois seminaristas. O presbítero participou da romaria e trouxe com ele todos os seminaristas para peregrinarem à Nossa Senhora da Salette. Os superiores dos Saletinos e dos Missionários da Sagrada Família também deixaram sua mensagem.
A próxima Romaria ao Santuário Diocesano de Nossa Senhora da Salete, está marcada para o dia 22 de setembro de 2019.
No dia 27, acontece em Caldas Novas (GO), a 12ª Romaria Diocesana de Nossa Senhora da Salete. A devoção a Virgem Maria com o título de Salete, vem da França de uma aparição ocorrida no dia 19 de setembro de 1846 a duas crianças.
O evento religioso une em Caldas Novas toda a diocese de Ipameri que compreende mais de 10 cidades, além de caravanas vindas de outras cidades e estados. A grande Romaria Diocesana como de costume acontece sempre no último domingo do mês.
Este ano o tema que conduz a romaria é: “Como Nossa Senhora da Salete, alegrai-vos em servir na sociedade”. Alegria e serviço são palavras chaves para todo cristão que deve buscar ser mais alegre e serviçal em meio à sociedade secularizada. Na oportunidade o Santuário celebra o Ano da Paz, apoiado pela CNBB e o Ano da Vida Consagrada, proposto pelo papa Francisco.
A programação para o dia começa cedo, com a concentração dos Romeiros, na Igreja Matriz no Centro de Caldas Novas às 7h30; em seguida às 8h a caminhada rumo ao Santuário e na chegada à missa festiva. A equipe organizadora está ainda preparando mais de 1.500 almoços e lanches para atender os peregrinos e a conclusão de mais uma parte da obra da Igreja.
Romaria
É uma peregrinação religiosa empreendida por motivos religiosos a um santuário, a um lugar sagrado, onde as pessoas vão pedir graças especiais, cumprir promessas e agradecer a Deus. O nome é uma referência a Roma, sede da Igreja Católica Apostólica Romana, e por esse motivo é usado para classificar especialmente peregrinações católicas.
Em toda a história da Igreja Católica as peregrinações constituíram sempre expressões de grande fervor religioso. As primeiras peregrinações do Cristianismo datam do século IV, e tinham por destino a Terra Santa. Depois começaram a estender-se a locais onde estavam enterrados santos, apóstolos, mártires, ou ainda a locais marcados por aparições da Santíssima Virgem Maria.
Na Bíblia não encontramos a palavra “romaria” e sim a palavra “peregrinação”. A peregrinação é uma atitude bíblica. No Livro do Êxodo, encontramos o povo que caminha (peregrina) rumo À Terra Prometida. Caminhada de esperança, de louvor e de libertação, na presença de Deus (cf. Nm 9, 17-18).
No Livro dos Salmos encontramos os cânticos entoados pelo Povo de Deus, quando peregrinava em direção a Jerusalém. No Novo Testamento, Maria e José peregrinavam a Jerusalém todos os anos, na Festa da Páscoa (cf. Lc 2,41).
As peregrinações são expressões do Povo de Deus que caminha com fé, motivado pelo encontro com o Senhor Deus. A Romaria proporciona aos cristãos momentos de diálogo mais íntimo com o Pai, e oportunidade de rezar pelas necessidades de toda a humanidade.
As pessoas que participam de romarias voltam mais amáveis, mais alegres, mais dispostos a ajudar os irmãos, a se confraternizar com eles, a viver a solidariedade e se comprometer com a evangelização.
Fé e devoção marcaram a tradicional Romaria de Nossa Senhora da Salete, em Caldas Novas, diocese de Ipameri, no dia 27 de setembro. O evento concluiu o Mês da Bíblia. De acordo com os organizadores, mais de 5 mil devotos vindos de todas as paróquias da diocese de outras cidades do estado de Goiás , do Distrito Federal e de outras partes do Brasil, participaram da caminhada de mais de 5 km, da Igreja matriz de Caldas Novas ao Santuário de Nossa Senhora da Salete.
Acompanharam a romaria o bispo diocesano de Ipameri, dom Guilherme Werlang e o bispo de Itumbiara, dom Antônio Fernando Brochini, que junto com todo o Povo de Deus, expressaram pelas ruas da cidade a fé e devoção com cantos, orações e meditações.
A Missa Solene aconteceu nas futuras instalações da Igreja do Santuário e contou ainda com a presença do secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dom Leonardo Steiner, que na homilia convidou todos a “ter mãos reconciliadoras”, lembrando que Nossa Senhora da Salete é invocada sob o título de reconciliadora dos pecadores. Durante toda a manhã, mais de 15 padres se revezavam no atendimento das confissões.
A romaria também foi o marco das comemorações do Ano da Vida Consagrada Religiosa, com a presença de congregações que ajudam na missão da diocese. Ao final das atividades, o reitor do Santuário, padre Daniel Aguirre, agradeceu a presença de todos e já deixou o convite para a próxima romaria em 2016, sempre no último domingo de setembro.
Informações e fotos: Santuário de Nossa Senhora da Salete
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