Reunido desde ontem (10), em Brasília, o Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), discute diversos assuntos. Por telefone, o bispo da Diocese de Uruaçu e presidente do Regional Centro-Oeste, Dom Messias dos Reis Silveira, destacou os principais pontos abordados no encontro.
“Discutimos sobre a conjuntura atual, sobretudo política, no que diz respeito aos atuais manifestos em torno do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff; sobre o Ano da Paz proposta pela CNBB, entre outros temas; mas o assunto que mais exige dos bispos é a 53ª Assembleia Geral da CNBB que acontecerá no próximo mês de abril”, disse.
Segundo Dom Messias, nesta quarta-feira (11) no período da manhã, a presidência da CNBB; os presidentes dos 18 Regionais e presidentes de Comissões Episcopais, cerca de 40 bispos, simularam o processo de votação em urna eletrônica, que na Assembleia Geral escolherá a nova presidência da instituição para os próximos quatro anos (2015-2019). “Nesta simulação escolhemos a nova presidência, composta apenas com irmãos bispos que já faleceram”, brincou.
Outro ponto discutido na reunião são as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE). É um documento da CNBB e linha condutora das ações pastorais da Igreja, conforme o próprio nome diz. “Esse documento que é reformulado a cada quatro anos sofrerá desta vez apenas alguns ajustes e também acréscimos da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, do papa Francisco, sobre o anúncio do Evangelho no mundo atual”, antecipou o bispo.
Campanha da Fraternidade
O Conselho Permanente ainda discute, conforme Dom Messias, a realidade de desigualdades sociais no Brasil, em consonância com a temática da Campanha da Fraternidade desde ano. Na reunião os prelados opinam sobre os temas apresentados e participam também de momentos de orações, missas e diálogo. Segundo ele, “sempre com o pensamento no melhor para a Igreja no Brasil”. No encerramento do encontro, nesta quinta-feira (12), os bispos concluem uma nota sobre o Ano da Paz. Trata-se de um período de reflexões, orações e ações sociais, que se estenderá até o Natal deste ano. O texto-final será apresentado ao episcopado brasileiro na Assembleia Geral da CNBB, em abril.