Quarta, 16 Agosto 2023 11:38

Cuidado pastoral e formação de pequenas comunidades eclesiais missionárias são o caminho para a ação evangelizadora da Igreja, conforme Dom Waldemar

Presidente do Regional Centro-Oeste assessorou 2ª Reunião de Coordenadores Diocesanos, Coordenadores de Pastoral e Presidentes de Organismos do Regional

A 2ª Reunião de Coordenadores Diocesanos, Coordenadores de Pastoral e Presidentes de Organismos do Regional Centro-Oeste da CNBB, aconteceu nos dias 10 a 12 de agosto, no Seminário Interdiocesano São João Maria Vianney (Cidade da Comunhão - CPDF), em Goiânia. O evento teve assessoria do bispo de Luziânia e presidente do regional, Dom Waldemar Passini Dalbello, que refletiu com os presentes sobre o Documento de Aparecida, a Evangelii Gaudium e as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023), além de outros documentos da CNBB. O bispo de Rubiataba-Mozarlândia e secretário do regional, Dom Francisco Agamenilton, também marcou presença.

Durante suas falas, Dom Waldemar provocou o grupo sobre os processos de ação pastoral da Igreja. De acordo com ele, é preciso qualificar a ação pastoral que passa necessariamente pela saída missionária. “Se nós vivenciamos a pastoral somente entre irmãos de comunidade já presentes, nós não vamos ser capazes de viver a conversão pastoral”, salientou. O bispo apontou que é indispensável às pastorais, movimentos e organismos, por meio dos seus agentes, ir ao encontro dos que não estão na comunidade. “Só indo ao encontro do outro é que vamos aprender do querigma, a acolher, a estabelecer vínculos comunitários com ele”.

A qualificação pastoral, conforme Dom Waldemar, é retroalimentada por uma Igreja missionária. “Essa saída vai nos ensinar como viver o discipulado missionário na comunidade já estabelecida, então a própria missão tem um processo de retroalimentação e qualificação da comunidade. A comunidade que sai em missão vai crescer no discipulado também. São processos interligados: você qualifica a vida da comunidade, que por sua vez qualifica a missão”.

Desafios no mundo urbano
Dom Waldemar explicou que a qualificação pastoral é indispensável, sobretudo neste tempo de crescente urbanização do país. Ele apresentou alguns dados do último censo demográfico realizado pelo IBGE que apontam crescimento da população da região Centro-Oeste, Brasília como terceira maior cidade do país (2,8 milhões de habitantes) e Goiânia entre as dez maiores (1,4 milhão de habitantes). O Regional Centro-Oeste (Goiás e Distrito Federal) tem 10 milhões de habitantes. Os dados apresentam mais desafios para a evangelização que, para acontecer e ser eficaz, passa necessariamente pelo cuidado e pela formação de pequenas comunidades eclesiais. “Para nós é uma grande oportunidade, mas também é um grande desafio, pois vamos ter que abrir mão de um ‘catolicismo mais seguro’, mas provocado pela necessidade das pessoas; indo ao seu encontro nós vamos fazer uma experiência de um cristianismo e catolicismo bem mais vigoroso”.

Já a formação de pequenas comunidades, segundo Dom Waldemar, não é uma estratégia pastoral, mas fruto de um amor por pessoas que precisam de relações fraternas, de companhia, de viver sua fé. “O objetivo da ação evangelizadora é o cuidado das pessoas e para isso precisamos nos apaixonar pela ação de cuidar. Jesus vem para salvar a pessoa humana e a Igreja, nesses tempos de forte secularização, reaprende esse caminho como a Igreja dos primeiros tempos”.

Maria Aparecida, coordenadora da Pastoral da Aids Regional, disse que o encontro foi muito proveitoso e provocador, mas ressaltou que ajudou muito a entender que os desafios são complexos e precisam ser superados. “Dom Waldemar foi muito provocativo em suas colocações, mas ele acendeu uma luz para nós, de que os desafios são muitos porque vivemos em uma sociedade individualizada. Como vamos formar pequenas comunidades em uma realidade tão grande em que as pessoas vivem em condomínios, em apartamentos e pouco se comunicam? Penso que é urgente passarmos por formação nas paróquias para depois irmos para a missão para criar e desenvolver as pequenas comunidades eclesiais”.

O Padre Irandes, coordenador de pastoral da Diocese de Itumbiara, afirmou que o encontro trouxe alegria, mas também preocupação e angústia. Ele disse ainda que a Igreja precisa de uma conversão pastoral profunda. “A gente volta para casa com alegria por ter encontrado os irmãos de caminhada, mas também volta muito preocupado, muito angustiado, porque o desafio pela frente é muito grande e muito árduo. Mas isso é bom, isso provoca e nos leva à missão. Nós precisamos de uma conversão pastoral muito grande na vida da Igreja, na vida de padres, religiosos, religiosas, leigos etc. porque nós não estamos conseguindo atender o nosso rebanho, não estamos conseguindo executar a contento a nossa missão”.

 

No fim do encontro, Ir. Diego Joaquim, coordenador da Comissão Permanente de Avaliação (CPA), passou um questionário aos coordenadores sobre as iniciativas realizadas nas dioceses que promovem as ações pastorais. As respostas ajudarão na condução da XXI Assembleia Eclesial do Regional, que acontecerá entre os dias 27 e 29 do mês de outubro.

 

 

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