Terça, 22 Novembro 2022 01:13

“Deus nos aponta o caminho das comunidades eclesiais missionárias”, disse Dom Agamenilton sobre as reflexões durante o CONSER e a Avaliação Anual de Pastoral

Em 2019, por ocasião da sua XX Assembleia Eclesial e após o estudo das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE 2019-2023), o Regional Centro-Oeste da CNBB assumiu o seguinte compromisso: “Queremos ser cristãos em comunidades eclesiais missionárias”. Como expressão desse compromisso, o regional se propôs para o quadriênio 2019-2023, uma série de iniciativas como motivar as pastorais, organismos, movimentos e serviços; formar e capacitar leigos; implantar e aperfeiçoar os conselhos missionários, entre outros.

Três anos depois, durante a Reunião do CONSER (Conselho Episcopal Regional) e da Avaliação Anual de Pastoral, que aconteceram no último mês de outubro, o regional se colocou a refletir sobre o compromisso assumido. Em entrevista, Dom Francisco Agamenilton, bispo de Rubiataba-Mozarlândia e secretário do regional afirmou: “Deus nos aponta o caminho das comunidades eclesiais missionárias”. De acordo com ele, o CONSER foi bastante intenso por todos os temas postos em estudo e reflexão: Igreja, política, sociedade, mas também houve como de costume, os espaços para o estar e rezar juntos, as conversas, a convivência, o sentir as alegrias e os desafios do outro e a experiência da fraternidade episcopal que fortalece os bispos na missão.

Já com relação a Avaliação anual de Pastoral, ele destacou: “foi muito bom estudar as Comunidades Eclesiais Missionárias porque o tema não é tão novo, mas na sua nova colocação nos ajudou bastante a nós termos uma compreensão maior e se confirma que esse é o caminho de Deus para nós aqui no Brasil, isto é, viver a nossa fé em comunidades eclesiais missionários é o caminho que Deus nos aponta. Agora é entender, abraçar e implementar”. 

Dom Agamenilton disse que desde que o regional assumiu o compromisso, em 2019, muitos passos já foram dados. “Vimos que as dioceses têm dado os passos às vezes até já vive essa realidade, mas não sabe que se chama comunidade eclesial missionária e já vai vendo que está dentro dessa dinâmica e precisa melhorar, amadurecer e divulgar mais, animar mais os outros para que juntos trilhemos esse caminho evangelizador”.

Assessoria
Padre José Carlos Pereira, da Diocese de Cascavel (PR) assessorou o tema durante a Avaliação Anual de Pastoral. Ele comentou em entrevista que antes do evento foi feita uma pesquisa por amostragem que apontou que 63% do regional já está com um processo bem adiantado de implantação dessas comunidades, contudo, há uma parcela considerável que ainda está “engatinhando” com relação a isso. “Este evento visa motivar, animar, a fim de que esse processo não tenha o arrefecimento, não esfrie.

Questionado sobre os pilares propostos pelas DGAE: Palavra, Pão, Caridade e Missão, ele disse que continuarão sendo os alicerces do documento, reassumidos em Assembleia dos Bispos, pelos próximos quatro anos. “Isso se deu justamente pelo fato de grande parte da Igreja no Brasil ainda não ter dado passos relevantes neste caminho. Além dos pilares que já conhecemos, segundo o padre José Carlos, a partir das Diretrizes da Ação Evangelizadora do ano que vem teremos também o enfoque da Sinodalidade. “Esse será o elemento novo no sentido de que a Igreja está vivendo esse processo do Sínodo e que as Diretrizes anteriores não contemplavam isso, mas a Sinodalidade é o elemento chave nas comunidades eclesiais missionárias e vem para dar essa amarração final naquilo que estava precisando, então vai continuar o projeto das comunidades eclesiais missionárias e agora com o enfoque da Sinodalidade”, afirmou.

Ao fim do evento, Dom Waldemar Passini, bispo de Luziânia (GO) e presidente do regional, agradeceu a presença de todos e, de modo especial, o padre José Carlos e o trabalho desenvolvido pela Comissão Permanente de Avaliação (CPA). Dom Waldemar elogiou a capacidade de síntese do sacerdote nos temas apresentados. “Oxalá essa presença se multiplique nas dioceses. Certamente é fruto de muito trabalho, de muita dedicação aos livros e de experiência também no contato, de modo que foi um grande tesouro para nós. Embora o tempo tenha sido curto, foi muito qualificada a sua presença entre nós”, disse o presidente.

 

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