A Diocese de São Luís de Montes Belos está se preparando para a 12ª Romaria Diocesana que acontecerá no dia 29 de agosto, em São Luís. Já é costume e não é difícil congregar as pessoas para o encontro.
A finalidade geral do evento é redescobrir o espirito de pertença à Igreja Particular, “a diocesaneidade”. Somos 37 paróquias, mas juntos formamos uma Igreja só, com os mesmos objetivos, caminho e plano de pastoral, embora vividos e realizados de forma diferentes nas comunidades. A diocesaneidade exige muito espírito de comunhão e partilha, de abertura e de solidariedade. Algo de bonito está acontecendo nestes anos e vale a pena investir e continuar a insistir nessa direção.
A finalidade específica do evento este ano é o Envio dos Missionários para a realização da Missão Continental.
Anos atrás a diocese se viu comprometida nas Santas Missões Populares e a experiência foi positiva, embora não houve continuidade na vivência missionária no dia a dia. Muitos se equivocaram e acabaram o ardor missionário junto com a Semana Missionária. Foi um evento bonito, mas apenas um evento.
Com a Missão Continental indicada pelo Documento de Aparecida e pela CNBB, pretendemos de fato tornar o “ide e fazei discípulos meus todos os povos” algo de permanente e que perpasse a vida pastoral. Não será fácil, mas vamos tentar.
Oficialmente, o projeto foi lançado no ano passado com a Carta Pastoral “Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. Já houve momentos e trabalhos comunitários nas cinco Regiões e nas paróquias, sobretudo com o Documento da CNBB que as paróquias sejam rede de comunidades. Chegou o momento do envio que exige agora uma intensa formação dos missionários.
Para ser sincero, a realização das Santas Missões Populares encontrou mais aceitação por parte das paróquias. Já a Missão Continental custa mais a encontrar o entusiasmo necessário para que a Palavra corra e seja glorificada. Mas não desanimamos e continuamos a estimular os Agentes de Pastoral para que o que o Mestre pede possa se concretizar. A missão não é uma opção da Igreja, não é uma iniciativa de alguém, é um imperativo categórico de Cristo que constantemente nos envia: “Ide e dizei o que eu vos disse…”.
Se a Diocese perder o espírito da missão e investir todas suas energias na “pastoral da manutenção” do que já tem e faz, acaba traindo sua própria identidade e fica sempre claro que “quando o sal perde o sabor, não serve mais para nada a não ser jogado fora e pisado pelos homens”.
Dom Carmelo Scampa
Bispo de São Luís de Montes Belos