PUC Goiás sediou Congresso Bíblico-Teológico e de Animação Bíblica da Pastoral

De 21 a 25 de novembro, aconteceu o I Congresso Bíblico-Teológico da PUC Goiás e o I Congresso Arquidiocesano da Animação Bíblica da Pastoral. O evento foi preparado pelo curso de Teologia da PUC Goiás, no auditório da Área VI, no Setor Universitário. Os encontros contaram com a participação de seminaristas, padres, diáconos, leigos e leigas, religiosos e religiosas para refletir sobre a animação bíblica.

A cerimônia de abertura contou com uma apresentação cultural feita pelos seminaristas do Seminário Maior Interdiocesano São João Maria Vianney. Os dois congressos realizados de modo simultâneos aconteceram em formato híbrido, presencial e on-line. Por isso, você pode ter acesso a todo conteúdo pelo Youtube da PUC Goiás ou pelo da Arquidiocese de Goiânia.

A Comissão para a Animação Bíblico-Catequética se define como um serviço essencial à evangelização inculturada da Igreja no Brasil. Ela propõe um caminho de formação sistemática e progressiva da fé para que as pessoas, acolhendo a Palavra anunciada, vivam uma experiência pessoal e comunitária no Deus de Jesus Cristo e celebrem o Mistério da Redenção no serviço aos irmãos.

Em sua fala de abertura, o arcebispo de Goiânia, Dom João Justino, pontuou quatro pensamentos. Primeiro, ele relembrou a todos os presentes que a Palavra de Deus está intrinsecamente ligada à missão evangelizadora, uma não existe sem a outra. Como segundo ponto, ele ressaltou os pilares das diretrizes para falar da comunidade eclesial e afirmou que, como pastor desta Igreja de Goiânia, quer dar primazia à Palavra de Deus na evangelização. Para isso, ele está articulando a criação do Vicariato para a Evangelização.

O terceiro ponto destacado por Dom João se refere ao documento pós-sinodal (Parte I), intitulado “A palavra de Deus na vida e missão da Igreja Particular de Goiânia”, lançado em 2014. O arcebispo afirma que o conteúdo é muito valioso e precisa ser retomado e que, com algumas perspectivas mais recentes, tem muito a contribuir para a implantação da animação bíblica da vida e da pastoral.

No quarto ponto, Dom João disse que a melhor qualificação de um ministro da Igreja, de um agente de pastoral, de um servidor e um discípulo de Jesus Cristo, é ser ouvinte da Palavra. “A melhor qualificação é conhecermos a Palavra de Deus. Entendendo ‘ouvinte’ como discípulo que se deixa moldar pela Palavra e anunciá-la por gestos. E, por seu modo de vida, especialmente no modo de trataras pessoas”, conclui o arcebispo.

De acordo com a assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblica-Catequética da CNBB, Mestre Mariana Aparecida Venâncio, o trabalho da animação bíblica está bastante relacionada à criatividade. “É um trabalho que precisa ser desenvolvido por todos aqueles que estão envolvidos na vida eclesial, segundo a sua própria criatividade. E, segundo aquilo que nós cremos, que o Espírito fala às Igrejas. Talvez seja tão difícil poder dizer que a animação bíblica da pastoral é uma realidade exatamente porque em cada lugar ela vai se desenvolver de uma forma, em cada lugar ela vai ter o seu rosto e os seus frutos”, destaca a professora.

Segundo o Documento de Aparecida, n. 248, “a importância de uma ‘pastoral bíblica’, entendida como animação bíblica da pastoral, que seja escola de interpretação ou conhecimento da Palavra; de comunhão com Jesus ou oração com a Palavra; e de evangelização inculturada ou de proclamação da Palavra. Isso exige, da parte dos bispos, presbíteros, diáconos e ministros leigos da Palavra, uma aproximação à Sagrada Escritura que não seja só intelectual e instrumental, mas com coração ‘Faminto de ouvir a Palavra do Senhor’” (Am 8,11).

Durante a realização dos dois congressos, os participantes tiveram a oportunidade de acompanhar um mosaico de experiências de animação bíblica e participar de uma oficina de leitura orante da Palavra. Nas conferências foi apresentado o trabalho realizado pela animação bíblica da pastoral no Brasil e foi discutido o Mês da Bíblia: identidade e história; ainda foi falado sobre o livro de Josué, tema do Mês da Bíblia deste ano.

No último dia foi refletida a animação bíblica na catequese pelo padre José Luiz da Silva; nos sacramentos, com o frei Fernando Inácio; e no cuidado com os irmãos, pelo padre Carlito Bernardes, da Diocese de Anápolis. A mesa redonda também contou com a presença do arcebispo de Goiânia, Dom João Justino, sobre as perspectivas bíblicas para a Arquidiocese de Goiânia.

Fonte: Vicom/Arquidiocese de Goiânia/ Fotos: PUC Goiás