O ano de 2019 terá como foco a estruturação da Pastoral da Sobriedade na Arquidiocese de Goiânia. Esse trabalho já começou com a organização de um núcleo formado por pessoas que irão colaborar diretamente na oferta de cursos, capacitação e ajuda às paróquias que atuarem por meio dessa pastoral específica.
Segundo o bispo auxiliar de Goiânia e coordenador arquidiocesano de Pastoral, Dom Moacir Silva Arantes, a expectativa é que as paróquias também tenham agentes preparados para trabalhar a questão da prevenção e do acolhimento, nas diversas situações de sofrimento envolvendo a dependência química.
Na Arquidiocese, a Pastoral da Sobriedade é coordenada pelo padre Paulo Barbosa, administrador da Paróquia Nossa Senhora da Luz. O núcleo formado é coordenado pelo Nilson Teles, da Associação Servos de Deus (ASD). A princípio, o grupo busca identificar, nas paróquias que já têm coordenadores para organizar, as formações e a própria atuação da pastoral. “Neste ano, o nosso trabalho é oferecer formação para os agentes. A primeira etapa do curso será sobre prevenção e destina-se a todos os agentes de pastoral, mesmo aqueles que ainda não trabalham nesta área, mas têm o desejo de promover na paróquia a prevenção nas escolas, nos grupos de jovens e de catequese. Então, nós pretendemos alcançar agentes da Pastoral Familiar, agentes da Pastoral da Saúde, da Pastoral da Sobriedade, onde já exista para fazer essa formação”, afirmou Dom Moacir.
Membro do núcleo, Kitia Rubia disse que a primeira formação já tem data marcada. Será nos dias 23 e 24 de fevereiro. “A partir desta primeira formação, cuja temática é sobre prevenção, nós queremos formar as pessoas para elas aprenderem a lidar nestas situações: como orientar a família, o que dizer, como dizer, saber do que falar para essas famílias. Nosso objetivo é sempre orientar as famílias”, informou. Padre Paulo comentou que passos significativos estão sendo dados para a estruturação da pastoral. “A Pastoral da Sobriedade fez uma boa caminhada em 2018, mas, neste ano, pretendemos ampliar o nosso alcance e atendimentos nas paróquias. Por isso, vamos investir em formação de novos agentes para que os dependentes químicos, aqueles que mais sofrem com as drogas, possam ser atingidos e, consequentemente, resgatados deste mundo, com a graça de Deus”, declarou.
Visitas às comunidades terapêuticas
Paralelamente à estruturação da Pastoral da Sobriedade, a Arquidiocese de Goiânia começou, por meio de Dom Moacir, uma série de visitas às comunidades terapêuticas católicas. Até o momento, foram identificadas quatro. A Comunidade Maria de Nazaré, que fica em Aparecida de Goiânia, foi a primeira a ser visitada no dia 18 de janeiro. Na ocasião, o bispo presidiu Santa Missa com a comunidade de recuperandos. Em sua homilia, ele refletiu sobre a liturgia do dia (Mc 2,1-2), em que o paralítico tem seus pecados perdoados e ele é recuperado de sua enfermidade, graças à sua fé e de seus amigos. “Quem ama crê e Jesus vê isso nos amigos do paralítico. Não existe fé verdadeira sem amor e a fé se reverte na prática de obras de caridade. Mais do que curar as pernas daquele homem, Jesus curou sua capacidade de amar, e nós também somos chamados a amar, livrar as pessoas de um coração destruído, para poder continuar o nosso processo de recuperação também aqui, mas isso envolve os outros, uma vez que ninguém é curado sozinho”, afirmou. Além da visita à Comunidade Maria de Nazaré, Dom Moacir visitou também a Fazendinha Feminina Senhor Jesus, no dia 22 de janeiro, e a Comunidade Terapêutica Luz que Liberta, no dia 24.