Pastoral da Aids promove 39ª Vigília pelos Mortos de Aids no próximo domingo, 15 de maio

No terceiro domingo de maio (15), a Pastoral da Aids da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove a Vigília Pelos Mortos de Aids, em todas as regiões do país, trazendo a lembrança dos mortos por causa desta doença e sensibilizando as comunidades para a realidade da Aids, que ainda continua a provocar novas mortes. No sábado, 14 de maio, às 17h30, será celebrada a Missa pelos Mortos de Aids, no Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade. A celebração será presidida pelo bispo de Nova Friburgo (RJ) e referencial da Pastoral da AIDS, Dom Luiz Ricci.

A Vigília pelos mortos de Aids é um movimento internacional que iniciou em maio 1983. Um grupo formado por mães, parentes e amigos de pessoas que haviam morrido por causa do HIV, organizou, em Nova Iorque, a Primeira Vigília Pelos Mortos da Aids. Este ano a vigília retoma o tema “Tantas vidas não podem se perder”, expressão que nos coloca em comunhão com as pessoas que faleceram e estão na presença de Deus, e nos alerta a sermos vigilantes no cuidado com a vida.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que desde o início da epidemia, em 1980, até os dias atuais, mais de 38 milhões de pessoas morreram de Aids em todo o mundo, dessas mais de 680 mil somente no ano de 2020. E continuam a morrer. Uma análise do UNAIDS revelou que os lockdowns e outras restrições impostas pela Covid-19 interromperam os novos testes de HIV e, em muitos países, levaram a quedas acentuadas nos diagnósticos e encaminhamentos para o tratamento do HIV, dificultando o diagnóstico precoce e consequentemente o início do tratamento. Sem contar os impactos potenciais que a pandemia de Covid-19 poderá ter sobre o fornecimento de medicamentos antirretrovirais para tratar o HIV. Segundo o Boletim Epidemiológico (BRASIL, 2021), desde o início da epidemia de Aids no Brasil (1980) até 31 de dezembro de 2020, foram notificados 360.323 óbitos tendo o HIV/Aids como causa básica.

A 39ª Vigília pelos Mortos de Aids da Pastoral da Aids, neste ano de 2022, conclama a todos a promover a vida através da corresponsabilidade humana para diminuir as fragilidades e vulnerabilidades, promovendo um espírito fraterno e solidário no cuidado com o próximo.

Neste dia queremos reforçar nosso chamado, enquanto Igreja em saída, que convida à oração e recordação dos que partiram, mas ao mesmo tempo promove uma ação coletiva da cultura do encontro com os mais fragilizados, sendo testemunhas proféticas, em vista de uma sociedade mais humana, fraterna e solidária. Lembramos, ao mesmo tempo, que a morte não é a última palavra sobre o humano. Cristo ressuscitou para que transformemos os sinais de morte em sinais de vida.

“Eu vim para que todos tenham vida e a que a tenham em abundância” (Jo 10,10).