Pastoral da Aids avalia caminhada no Regional Centro-Oeste

O Encontro da Pastoral da Aids reuniu seis dioceses do Regional Centro-Oeste (Goiás e Distrito Federal) no fim de semana, dias 19 a 21, na Casa de Retiros das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, em Goiânia. O evento anual tem o objetivo de avaliar a caminhada nas dioceses e projetar novos trabalhos e formas de atuação naquelas em que ainda não contam com o serviço.

Segundo a coordenadora regional, irmã Margaret Hosty, encontros como esse visam explicar o que é a Aids e o vírus HIV, além de orientar sobre a missão da pastoral. “É um momento de partilha em que aprendemos juntos, mas também orientamos sobre como atuar nas bases da Igreja para atingir sempre os objetivos propostos”, explicou.

A religiosa, no entanto, lamenta que o preconceito ainda hoje seja um desafio que precisa ser vencido para que a pastoral consiga atingir mais pessoas. “Há muitos estigmas que atrapalham o nosso trabalho; já ouvimos até que em algumas dioceses não existe o vírus HIV, mas que sabemos que se trata de um mito e puro preconceito; outras pessoas perguntam se quem trabalha na pastoral tem Aids. Contudo, há também dioceses dispostas a atuar nesse importante serviço”.

Conquista

Entre os desafios há também as esperanças. Um ponto a se comemorar, conforme a coordenadora, é a pareceria entre a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Ministério da Saúde no trabalho de prevenção. “O serviço de diagnóstico precoce da Aids desenvolvido pela parceria governo/Igreja é inédito no mundo e muito importante para promover e proteger a vida”, comemora. A partir disso, é possível ter o sonho de erradicar a doença. “Sabemos que a Aids não tem cura, mas podemos eliminar a doença por meio da prevenção”.

A Pastoral da Aids atua em três frentes: a prevenção por meio da informação e incentivando a realização do teste precoce; desenvolvendo trabalhos solidários às pessoas soropositivas e cobrando do governo políticas públicas que protegem a vida.

Durante o encontro, o bispo de Goiás e referencial para a Pastoral da Aids no Brasil, dom Eugênio Rixen, fez uma reflexão com os agentes sobre o papel dessa pastoral na Igreja. “Que tipo de Igreja precisamos no mundo? Essa é a reflexão que fazemos hoje; Cristo nos apresentou o exemplo do bom samaritano e como ele nós somos chamados a sair da indiferença, a olhar o outro que sofre, a fazer o papel da Igreja misericordiosa e podemos muito bem desenvolver esse importante serviço ao próximo com a Pastoral da Aids”, sublinhou.