O início do Movimento dos Focolares

A história do Movimento dos Focolares tem início em Trento, na Itália, em 1943, quando uma jovem chamada Chiara Lubich decidiu dedicar sua vida a Deus, com um voto de consagração, no dia 7 de dezembro daquele ano. O “sim” de Chiara Lubich foi a semente fecunda na qual se enraizou a difusão do Movimento dos Focolares.

Foi a partir da força daquele “sim” a Deus que Chiara e suas primeiras amigas encontraram em cada palavra do Evangelho o sustento para enfrentar a Segunda Guerra Mundial, que dilacerava suas casas e suas famílias naquele período. Dentro dos refúgios, elas se perguntavam: existe algum Ideal que não passa, que as bombas não podem destruir? E em cada trecho do Evangelho lido no meio dos escombros, elas fizeram uma descoberta: sim, existe e é Deus.
“O amor vence tudo”

No dia 13 de maio de 1944, houve um terrível bombardeio em Trento. À noite, durante o alarme, a família de Chiara pensou em fugir da cidade. Mas Chiara sente um forte apelo de Deus para não deixar Trento. “Quem não deixa pai, mãe, mulher, filhos e campos, não pode ser meu discípulo”. Ela nos conta:
Chiara Lubich e seus pais, anos depois.

“Na verdade, eu sentia dentro de mim que não podia sair de Trento, ainda que a minha casa tivesse sido destruída. Eu devia ficar, porque havia nascido entre mim e as minhas companheiras um vínculo forte e parecia-me que Deus queria que eu ficasse. No entanto, tomar esta decisão era um drama para a minha alma: era um drama, porque eu gostava muito dos meus pais, dos meus irmãos e irmãs. Naquele momento lembrei-me de uma frase que tinha aprendido na escola: “Omnia vincit amor”, o amor vence tudo”.
A partir de então, foram as “pequenas grandes” experiências no dia a dia, em meio a guerra, que transformaram a vida daquelas jovens. As palavras do Evangelho eram verdadeiras! Em apenas dois meses já eram 500 pessoas que viviam assim.

Duas experiências marcantes na história do Movimento dos Focolares
Chiara relembra:
“Um dia foi um verdadeiro espetáculo na nossa pequena casa ao vermos que, por quatro vezes, chegaram maçãs e nós as demos aos pobres. Chegaram outras maçãs e voltamos a dá-las aos pobres. Chegaram pela terceira vez , e voltamos a dá-las aos pobres. À noite chegou uma mala cheia de maçãs. Realmente: “Dai e vos será dado”. Era uma experiência contínua.”
“Pedi e recebereis”

“Já tínhamos compreendido que Jesus está presente, de certo modo, no pobre e que aquilo que se faz ao pobre, Ele o considera feito a Si. Recordo que uma vez encontrei um pobre que me disse: “Preciso de um par de sapatos número 42”. Com esta nova fé que Deus nos tinha dado – com a sua graça – entro numa igreja e digo a Jesus: “Jesus, tu precisas de um par de sapatos número 42. Peço-te: dá-me um”. Saio da igreja, encontro uma senhora que me entrega um embrulho: dentro estava um par de sapatos número 42”.

Um Evangelho para a nossa época

Chiara Lubich nos conta também que, no início, acreditavam que estavam apenas vivendo como todo cristão deve viver. Não desejavam nada de novo. Mas mais tarde, compreenderam que algumas palavras do Evangelho ressoavam de modo especial para aquele grupo, como “Amai uns os outros como Eu vos amei”, “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio deles” e, em tudo especial, a última oração de Jesus ao Pai “Que todos sejam um”.

“Aquelas palavras, ‘que todos sejam um’, pareciam iluminadas por uma nova luz, e se tornaram o objetivo da nossa vida: levar a unidade lá onde quer que haja divisão. Desde os primeiros dias intuíamos que estava nascendo algo universal, que alcançaria os confins do mundo e que também iluminaria a cultura, a ciência, a política, a economia” (Chiara Lubich).

Esta, aliás, se tornou a carta magna do Movimento dos Focolares e já direcionava o Movimento para uma vida espiritual comunitária.
“Portanto, acho que nos dias de hoje poderíamos dizer que o Movimento oferece um Evangelho para este século.” (Chiara Lubich)

Espiritualidade da unidade

Profundamente marcado por muitas contradições dramáticas e, no entanto, tão rico de correntes de renovação, o nosso tempo se mostra invadido pela ação do Espírito Santo, como aconteceu nos momentos mais cruciais ao longo da história da humanidade.
Entre os sinais de esperança do nosso tempo, se encontra uma nova corrente de espiritualidade, focada no amor e na unidade, a espiritualidade da unidade, fruto de um carisma entregue pelo Espírito Santo a Chiara Lubich, para responder aos desafios e às expectativas da humanidade de hoje. E não é mesmo especial ter um carisma de unidade e fraternidade quando o mundo caminha rumo a uma civilização cada vez mais cosmopolita e plural?

A seguir, Chiara mesma responde algumas perguntas sobre a espiritualidade da unidade.
Antes de tudo, o que é uma espiritualidade?

Chiara: “Uma espiritualidade existe porque existiu uma vida que a elaborou. Uma espiritualidade é como o sumo espremido de um cacho de uvas. Uma espiritualidade é o sumo de uma vida”.
Qual foi a primeira centelha inspiradora da espiritualidade da unidade?

Chiara: “Simples como todas as coisas de Deus. Durante o flagelo da guerra, tivemos uma nova revelação sobre a verdadeira essência de Deus: Amor.“

Mas era necessário retribuir o amor. Como? “Não quem diz Senhor, Senhor, mas quem faz a vontade de meu Pai…” (cf Mt 7, 21).

O Espírito (que gostaria de chamar de carisma da unidade) começava a iluminar as Palavras do Evangelho, de modo especial aquelas que enfatizavam o amor – amor a Deus, amor ao próximo, o amor recíproco.

Nós procurávamos vivê-las e comunicávamos as experiências. E assim, tudo mudava: o relacionamento com Deus, com os próximos, com os inimigos. Sentimos que a vida cresceu em qualidade. Experimentávamos segurança, uma alegria jamais sentida, uma paz nova, uma luz inconfundível. Era Jesus que cumpria entre nós as suas palavras: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, no meu amor, ali estou eu no meio deles (Cf. Mt 18,20). Mas precisava seguir o Amor mais explícito, Jesus crucificado, para realizar a unidade,

Compreendemos a Eucaristia como geradora e vínculo de unidade; Maria como Mãe do Belo Amor e da unidade; aprofundamos a Igreja como comunhão no amor; o Espírito Santo como o Amor personificado.

Estas palavras e realidades do Evangelho, que nos tinham envolvido de modo especial, começaram a dispor-se como linhas de uma nova espiritualidade centralizada no amor e na unidade: a espiritualidade da unidade que cria um novo estilo de vida. Com uma característica peculiar: ela não é vivida só pelos indivíduos isoladamente, mas numa forma comunitária”.

O que mudou na sua vida e na de todos os que a seguiram?

Chiara: “Através dessa espiritualidade, homens e mulheres de todo o mundo estão hoje tentando ser, lenta mas decididamente, ao menos lá onde se encontram, sementes de um povo novo, de um mundo mais solidário, principalmente com os mais abandonados, os mais pobres: sementes de um mundo mais unido.

Com ela é possível dar uma contribuição em toda parte, para sustentar com um suplemento de alma e de amor os esforços que já se verificam nessa direção.
O mundo de hoje exige uma espiritualidade?

Homens, mulheres, jovens, hoje carregam no íntimo uma grande exigência de espiritualidade. Têm sede de uma mística – como repete Papa Francisco – “na qual o movimento para o interior de si mesmo corresponda a caminhar para fora de si”.
Chiara, já anos atrás, percebeu qual é a grande atração dos tempos modernos: “atingir a mais alta contemplação e manter-se misturado entre todos, ombro a ombro”.
Santo João Paulo II, olhando rumo ao Novo Milênio, afirmou que “precisa promover uma espiritualidade da comunhão” e a definia como “o grande desafio que nos espera no início deste terceiro milênio, para ser fiel ao desígnio de Deus e corresponder às expectativas mais profundas do mundo” (cf. n. 43).

Esta espiritualidade comunitária está necessariamente ligada a uma Igreja?
Chiara: Não, é universal e pode ser vivida por muitos. Por ela, com efeito, abriram-se fecundos diálogos com todos os homens, com cristãos de muitas Igrejas, com fiéis de diversas religiões e com pessoas das mais variadas culturas, as quais encontram enfatizados nela os valores em que acreditam. Juntos nos encaminhamos para aquela plenitude da verdade que é a nossa meta.

Focolares no Brasil

O Brasil foi o primeiro país, depois das nações europeias, a acolher a mensagem de unidade e fraternidade do Movimento dos Focolares, num tempo em que a desigualdade social era ainda maior do que hoje e na sociedade fervia a urgência de uma radical mudança social.

A novidade inovadora do Evangelho, testemunhada com a vida das pessoas que vieram da Itália ao Brasil, encontrou no abraço brasileiro um terreno fecundo para disseminar a transformação que leva a fraternidade e o amor sem medidas, inclusive entre os mais necessitados.

Brasil: o berço da Economia de Comunhão
Foi aqui que, em 1991, Chiara Lubich, tocada pelos graves problema sociais, lançou as bases de uma verdadeira revolução no âmbito econômico com a Economia de Comunhão (EdC), projeto conhecido atualmente no mundo inteiro. E foi aqui, perto de São Paulo, que nasceu o primeiro “laboratório” da EdC: o Pólo empresarial Spartaco.

Mas a vida dos Focolares no Brasil não se desenvolveu apenas no campo da economia. Os seus reflexos encontram-se em vários campos no tecido social: educação, saúde, arte, psicologia. Não falta uma incidência no campo cultural. Um exemplo é o grupo de pesquisa sobre “Direito e Fraternidade”, ativo desde 2009 no Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Santa Catarina. Há uma atuação também na política, com o Movimento Político pela Unidade que faz da fraternidade a lei fundamental do empenho público de modo que seja um autêntico serviço ao bem comum.

São várias as atividades do Movimento, em todos os estados, imersos nas problemáticas mais urgentes: a escola de formação política Civitas, em João Pessoa; as ações de solidariedade dos Jovens por um Mundo Unido; as olimpíadas para adolescentes; os encontros para as famílias. Muitos são os fatos concretos, vividos em família, nos quais o Evangelho se mostra como remédio para transformar as muitas situações de luta e desilusões, as consequências dolorosas de separações e divórcios, a abertura às adoções, ao diálogo entre as gerações, com outras famílias e às necessidades da sociedade. Afrodescendentes, ainda quotidianamente feridos pelos preconceitos raciais, são sanados pela acolhida e valorização nas comunidades do Movimento. Onde as antigas civilizações de índios reclamam os seus direitos, há uma comunidade do Movimento que não fica indiferente e se faz aliada com a força do Evangelho.
Partem os navios…

Mas de onde nasceu esta vida? Voltemos brevemente o olhar ao passado. O primeiro brasileiro a ter contato com o ideal da unidade do Movimento dos Focolares foi o Pe. João Batista Zattera, em 1956, na Itália onde encontrou “a pérola” que estava procurando: “uma comunidade que, como nas primeiras, todos eram um só coração e uma só alma”.

Dois anos depois (1958), chegam, em Recife, três focolarinos vindos da Itália: Marco Tecilla, Lia Brunet e Ada Ungaro. Eles logo comunicam a sua experiência em escolas, universidades, paróquias, associações, hospitais, famílias. E foi assim que esta terra quente e fértil abrigou a primeira comunidade local brasileira.

No ano de 1959, Chiara Lubich recebeu uma carta entusiástica do arcebispo de Recife, Dom Antônio de Almeida Morais Junior, pedindo a abertura de centros do Movimento na sua cidade, os primeiros fora da Europa. No mesmo ano partem para Recife quatro focolarinas (Ginetta Calliari, Fiore Ungaro, Marisa Cerini e Violetta Sartori) e quatro focolarinos (Marco Tecilla, Enzo Morandi, Rino Chiapperin e Gianni Buselato).

Rapidamente o Movimento se espalha pelos estados do Nordeste e sucessivamente por todo o país, nas metrópoles e nos vilarejos, entre jovens e adultos, brancos e negros, ricos e pobres. A fraternidade leva à comunhão dos bens, a força do amor evangélico vence ódio, vinganças, violências.

Em 1962 abre-se um centro em São Paulo. Nascem a Editora Cidade Nova e a revista Cidade Nova, instrumentos midiáticos para olhar o cotidiano sob a perspectiva da fraternidade.

Surgem muitas obras sociais como efeito de uma vida enraizada no Evangelho, como testemunham as experiências da Ilha de Santa Teresinha e Magnificat, no Nordeste; e do Bairro do Carmo, do Jardim Margarida e da Pedreira em São Paulo.
Aqui no Brasil floresceram também obras e iniciativas sociais que não fazem parte do Movimento, mas são inspiradas no seu carisma, como a “Missão Belém” que recolhe os “sem abrigo”, vítimas da droga e da prostituição; em Fortaleza, o CEU, Condomínio espiritual onde convivem 22 comunidades; e ainda a Fazenda da Esperança, a Casa do Menor, a Associação Rainha da Paz.

Surgem as Mariápolis Permanentes

Hoje existem centros em quase todas as 27 capitais dos estados e em muitas outras cidades. Em 1965, nos arredores de Recife, nasce o primeiro centro para a formação espiritual e social dos membros dos Focolares, onde se desenvolve uma Mariápolis permanente, pequena cidade de testemunho do Movimento, com o nome de Santa Maria.

Dois anos depois surge em São Paulo a Mariápolis Ginetta, para recordar uma das primeiras focolarinas, que teve uma função proeminente na difusão e no crescimento do Movimento no Brasil. Em seguida a de Belém, a Mariapolis Glória, e em Porto Alegre, o Centro Mariápolis Arnold, com um timbre ecumênico; e ainda o de Brasília, dedicado a Maria, Mãe da Luz.

Chiara Lubich sempre demonstrou um grande amor pelo Brasil e o seu povo. Em 1998, em sua última visita, um dos pais do Brasil democrático, o prof. Franco Montoro, dirigindo-se a ela durante um discurso proferido na Universidade de São Paulo (USP), reconheceu no pensamento e na obra do Movimento, não apenas no Brasil, um testemunho coerente que arrastou milhares de pessoas. Salvou os direitos do homem no tempo das ditaduras e, no boom da ciência, demonstrou qual tática deve guiar-nos. Promoveu o amor, a fraternidade universal.

Em março de 2014, o Brasil recebeu a visita de Maria Voce – Emmaus – atual presidente do Movimento dos Focolares. Emmaus esteve no Nordeste, Norte e Sudeste do Brasil, onde se encontrou com as comunidades, conheceu obras sociais e inaugurou a cátedra Chiara Lubich, na Universidade Católica do Recife.

Liderança coletiva

O Estatuto do Movimento dos Focolares prevê que ele seja sempre presidido por uma mulher, a fim de sublinhar o seu perfil mariano e a sua conotação predominantemente leiga e, deste modo “conservar o desígnio que Deus teve sobre ele, por ter confiado seu início e desenvolvimento a uma mulher”.

A atual presidente do Movimento dos Focolares é Margaret Karram, eleita Presidente do Movimento dos Focolares pela Assembleia Geral em 31 de Janeiro de 2021, a segunda focolarina a suceder à fundadora.
Margaret Karram

Margarete Karram foi eleita Presidente do Movimento dos Focolares pela Assembleia geral de 2021; é a terceira Presidente depois da fundadora Chiara Lubich e depois de Maria Voce eleita por dois mandatos.

Nasceu em Haifa, em Israel, em 1962, numa família católica palestiniana. Os valores e princípios cristãos, aprendidos desde criança, determinaram na sua formação uma forte abertura ao próximo, para além de cada religião e cultura. Frequentou a escola católica juntos das Irmãs Carmelitas em Haifa, onde, além de aprender árabe e hebraico, estudou o inglês e italiano.

Uma bagagem de conhecimentos, de experiências, mas também de sofrimento vivido que fizeram nascer no seu coração, desde adolescente, um forte desejo de agir para mudar a sociedade e o mundo ao redor. Aos quatorze anos encontra a espiritualidade dos Focolares que acolhe como uma resposta de Deus: compreende toda a força de viver as palavras do

Evangelho, momento por momento e em cada circunstância, consciente da potência de uma revolução gerada pelo amor verdadeiro, desinteressado e sem medidas.

Começa assim o seu empenho no diálogo entre cristãos, judeus, muçulmanos, israelenses e palestinos que a conduz por um período aos Estados Unidos onde estuda Hebraísmo na Universidade Judaica Americana.

Volta à pátria, torna-se corresponsável da comunidade dos Focolares na Terra Santa. Trabalha durante 14 anos no Consulado geral da Itália em Jerusalém. Colabora também em várias comissões e organizações para a promoção do diálogo entre as três religiões monoteístas, como na Comissão Episcopal para o diálogo inter-religioso, na Assembleia dos Católicos Ordinários da Terra Santa e a organização ICCI (Interreligious Coordinating Council em Israel).

Em 2013 recebeu o Mount Zion Award, prêmio para a reconciliação, junto com a estudiosa e pesquisadora judia Yisca Harani, pelo empenho no desenvolvimento do diálogo entre cultura e religiões diferentes.

Em 2014, no dia de Pentecoste, foi convidada a representar o Movimento dos Focolares na Invocação para a Paz nos Jardins Vaticanos, junto com o papa Francisco, o então Presidente do Estado israelense Shimon Peres e do Estado palestino Mahmūd Abbās.

Sempre no mesmo ano, pela Assembleia geral dos Focolares é eleita conselheira geral. No sucessivo sexênio (2014-2020) é conselheira para a Itália e Albânia e corresponsável do Centro do Movimento dos Focolares para o diálogo entre Movimentos eclesiais e novas
Comunidades católicas. Em 2016 recebeu o Prêmio internacional S. Rita, sob indicação por ter favorecido o diálogo entre cristãos, hebreus, muçulmanos, israelenses e palestinos, partindo da quotidianidade da vida vivida.

Jesús Moran Cepedano

Jesús Morán Cepedano foi eleito Copresidente do Movimento dos Focolares no dia 13 de setembro de 2014 pela Assembleia geral e reeleito para um segundo mandato a 1 de Fevereiro de 2021.
Nasceu no dia 25 de dezembro de 1957 em Navalperal de Pinares, Ávila (Espanha) e é de uma família de comerciantes que logo se mudou para Cercedilla, na Serra de Madrid.

Ao iniciar os estudos na universidade, encontra a mensagem do Evangelho proposta pelo Movimento dos Focolares por meio do testemunho de alguns contemporâneos. Realiza-se na novidade e na exigência revolucionária que a vida do Evangelho comporta. Decide doar-se a Deus na comunidade dos focolares em 1977. Depois de um período de formação, de 1979 a 1981 na cidadela de Loppiano (Itália), atravessa o oceano em direção à América Latina. De 1996 a 2004 foi delegado do Movimento no Chile e Bolívia. Lá foi ordenado sacerdote, no dia 21 de dezembro de 2002. De 2004 a 2008, foi corresponsável do Movimento no México e em Cuba.

Na Assembleia geral dos Focolares de 2008 foi eleito conselheiro geral e encarregado do aspecto da formação cultural dos membros do Movimento. É membro da “Escola Abba”, centro interdisciplinar de estudo dos Focolares, por sua competência em antropologia teológica e teologia moral.

É formado em filosofia pela Universidade Autônoma de Madrid e licenciado em teologia dogmática pela Pontifícia Universidade Católica de Santiago, Chile. Atualmente, está concluindo o doutorado em teologia na Pontifícia Universidade Lateranense, Roma. Publicou vários artigos sobre temas de antropologia filosófica e teológica.

Fonte: Focolares