Levar o Evangelho a toda criatura requer pessoas dispostas, preparadas, capazes de doar a própria vida a serviço do Reino de Deus. Cada ministério, com suas especificidades, é importante e fundamental para que a Igreja de Cristo seja capaz de levar a Boa-Nova aos confins do mundo. Nós, Arquidiocese de Goiânia, caminhamos nesse sentido e damos passos firmes para esse fim. Com a nomeação pelo papa Francisco do novo bispo auxiliar, monsenhor Moacir Silva Arantes, 47 anos, temos muitos motivos para nos alegrar e festejar, já que é a primeira vez que nossa Igreja particular conta com dois bispos auxiliares e, dessa forma, nos tornamos mais preparados para avançar.
Ficamos contentes porque pedimos, e o Senhor da messe enviou operários para a sua messe (cf. Mt 9, 37-38). Assim como já nos presenteou com Dom Waldemar Passini Dalbello, que por quatro anos esteve conosco; Dom Levi Bonatto, que está desde o ano passado, agora continuamos essa sucessão ininterrupta com monsenhor Moacir, que vem da Diocese de Divinópolis (MG) contribuir com o múnus de levar o Evangelho adiante, não somente como padre, mas como membro do colégio episcopal. Nossa Arquidiocese, com seus 60 anos de história, não pode parar no tempo e no espaço uma vez que os desafios pastorais se reapresentam todos os dias e são proporcionais às dimensões da nossa abrangência territorial e populacional.
Com dois auxiliares, continuamos a peregrinação da Igreja terrena que precisa estar próxima do nosso povo, com os seus pastores “com o cheiro das ovelhas”, como bem exortou o papa Francisco na Semana Santa deste ano; de modo transversal em todas as pastorais e movimentos, apascentando e aumentando continuamente o Povo de Deus. O ministério do bispo auxiliar, conforme a tradição apostólica manifestada em todo o mundo, junto com o arcebispo, é pregar a Palavra de Deus, administrar continuamente os Sacramentos, orientar na peregrinação para a eterna felicidade. E cabe ao povo ouvi-los. “Os bispos sucederam aos apóstolos, como pastores da Igreja; quem os ouve, ouve a Cristo; quem os despreza, despreza a Cristo e Aquele que enviou Cristo” (LG 51). E como fazer tudo isso quando temos milhares de comunidades, dezenas de paróquias e diversas pastorais, movimentos, novas comunidades? Pela virtude da comum sagrada ordenação e missão, na qual todos os padres estão ligados em íntima fraternidade, que espontânea e livremente se deve manifestar no auxílio mútuo, espiritual, material, pastoral ou pessoal, em reuniões e na comunhão de vida, de trabalho e de caridade.
É fundamental que a Igreja esteja em unidade a partir dos seus bispos, com o papa e sob a sua autoridade, naquilo que se refere ao magistério e ao governo pastoral, unidos pelo colégio episcopal a favor de toda a Igreja de Deus, na certeza de que a nossa missão só tem um objetivo: conduzir a humanidade à família de Deus.
Damos boas-vindas ao novo bispo auxiliar e desejamos que seja frutuosa a missão que o próprio Senhor a ele confiou. Desde já esperamos que monsenhor Moacir seja feliz na Região Centro-Oeste onde está encravada a Arquidiocese de Goiânia e rezamos para que a sua simplicidade e toda a carga de experiência adquirida em 17 anos de sacerdócio na Diocese de Divinópolis o ajudem nessa nova etapa e ministério. Que Nossa Senhora Auxiliadora, Padroeira da nossa Arquidiocese e da cidade de Goiânia, o acompanhe e guie todos os dias.
Dom Washington Cruz, CP
Arcebispo metropolitano de Goiânia