Na continuação do Tempo Pascal, testemunhemos com nossas vidas que o Espírito do Ressuscitado nos alegra e nos impulsiona a vivermos a missão.
No dia 2 de maio, lembramos nas nossas orações a páscoa de Dom Tomás Balduíno. Já fez dois anos que o profeta da reforma agrária e o grande defensor dos indígenas nos deixou para viver a plenitude da vida. Dom Tomás, que chegou à diocese em dezembro de 1967 e animou nossas comunidades até dezembro de 1998, procurou implantar as grandes intuições do Concílio Vaticano II na Igreja particular de Goiás. Fortaleceu a vida das comunidades rurais e urbanas com os grupos do Evangelho, teve uma grande abertura ecumênica, valorizou a participação dos leigos nos vários conselhos. Como o papa Francisco nos lembra, o nosso bispo queria uma Igreja comprometida com a transformação da sociedade.
Diante do péssimo quadro político que estamos vivendo é uma grande urgência formar leigos/as capazes de atuar, em nome dos valores do Evangelho, no mundo da política, dos sindicatos e dos vários conselhos. Apesar de 500 anos de evangelização, estamos ainda muito longe do Reino, sonhado por Jesus Cristo. Uma fé que não transforma as pessoas e as estruturas, pode receber a mesma advertência que Jesus fez aos judeus: “este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim”.
A Igreja nasceu no dia de Pentecostes, quando os discípulos cheios do Espírito Santo anunciaram a paixão, morte e ressurreição de Jesus. Eles foram criando comunidades, e se dizia deles: “vejam como eles se amam!”. Que o Espirito Santo continue a fortalecer as comunidades!
Já entregamos os subsídios deste ano para as CEB’s. Refletiremos e rezaremos sobre o livro dos Atos dos Apóstolos. A vida das primeiras comunidades pode estimular nossas comunidades a viver e a celebrar a nossa fé de maneira mais comunitária.
Que Maria, mãe de Jesus e nossa mãe, abençoe cada um de nós, para que possamos ser fiéis à mensagem do seu filho Jesus!
Dom Eugênio Rixen
Bispo diocesano de Goiás