A comunidade venezuelana se reuniu no domingo, dia 17 de dezembro, na concatedral Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Mozarlândia, para celebrar o Natal. Incentivados pelo bispo, Dom Agamenilton, os venezuelanos foram protagonistas das festividades. A alegria e satisfação deles foram grandes. O primeiro momento foi dedicado à celebração da missa em espanhol, seguido de cantos natalinos (Agnaldos) em torno do presépio e por fim, no salão paroquial, todos puderam saborear a hallaca e o pán de jamón, típicas comidas natalinas.
Em sua homilia, Dom Agamenilton destacou os valores humanos e espirituais dos venezuelanos, o amor de Deus por eles e a experiência da Sagrada Família em terras estrangeiras. Refletindo sobre os falsos messias, o bispo alertou: “a vulnerabilidade social e afetiva vivida por um estrangeiro o torna uma presa fácil dos lobos disfarçados de cordeiros. Queridos venezuelanos, estejam atentos. Fujam dos falsos messias que não querem o seu bem. Eles lhes oferecem tão somente a morte, a dor, as lágrimas. Bastam as lágrimas da saudade dos parentes, amigos e lugares deixados como também das dificuldades vividas em terras estrangeiras. Jesus é a nossa alegria e a nossa paz. Ele é o verdadeiro messias e em nenhum outro nome há salvação. Agora, em seu natal, ele bate à porta do nosso coração e nos pede morada. Feliz quem o receber”.
Por fim, o bispo agradeceu aos venezuelanos por ajudarem a crescer Mozarlândia e o Brasil com os seus dons e a sua vida, o bem mais precioso. Disse o bispo: “vocês fazem parte de nossa história e nós da história de vocês. Encontrá-los, descobrir a cultura um do outro, intercambiar os valores humanos e espirituais é uma graça divina. Quanto crescemos e nos tornamos melhores como pessoas humanas! Conhecer e acolher alguém de outro país é perceber que o mundo vai além da Serra da Pimenta e das águas do Rio Araguaia. É se dar conta que o mundo é mais belo do que se pensava e que ele não pertence somente a mim. Há mais gente nesta terra. O Menino Jesus sorri não apenas para o brasileiro. Ele também sorri para o venezuelano, o haitiano, o boliviano e o argentino porque ama a todos. Esta é a sua boa notícia: Deus ama a todos porque é Pai de todos. Por esse motivo, somos irmãos. Somos todos irmãos e irmãs”.
Segundo relatos dos próprios venezuelanos habitantes de Mozarlândia, eles estão integrados na comunidade e trabalham principalmente no frigorífero. Outros não podem exercer sua profissão por não terem diploma registrado no Brasil.