A primeira coletiva de imprensa da 53ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizada na tarde desta quarta-feira (15) contou com a participação do arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler; o arcebispo de Vitória da Conquista (BA), dom Luís Gonzaga Pepeu; e o bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG), dom Joaquim Mol.
Dom Pepeu explicou à imprensa o processo eleitoral para a presidência e as doze comissões da CNBB. Conforme disse, as eleições devem ter início na próxima segunda-feira (20), quando atingido o quórum de dois terços dos votos. “Todos os eleitores são para o serviço, assim como trabalha a Campanha da Fraternidade 2015, com o lema ‘Eu vim para servir’. Se eleito, o bispo é questionado se aceita esse serviço”, afirmou.
O processo tem como candidatos à presidência e vice-presidência, todos os bispos diocesanos. Já os auxiliares e coadjutores podem disputar a vaga de secretário geral. Se os dois primeiros escrutínios não alcançarem os dois terços necessários, o terceiro pode decidir as eleições por maioria absoluta e, caso isso não aconteça, o quarto e quinto escrutínios elegem os dois candidatos mais votados.
Diretrizes e Reforma Política
Dom Jaime, em poucas palavras, comentou a atualização das Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE), tema central desta 53ª AG. “A cada quatro anos a Assembleia é convidada a rever as Diretrizes. Ano passado, foi manifestado, com relação às Diretrizes em vigor, o desejo de haver apenas uma atualização que considerasse o magistério mais recente da Igreja, do papa Francisco, e principalmente da Evangelii Gaudium” (Exortação Apostólica A Alegria do Evangelho), recordou.
Dom Joaquim Mol, por sua vez, que é presidente da Comissão para o Acompanhamento da Reforma Política, falou sobre a necessidade imediata da reforma política. “Temos frequentemente assistido manifestações das quais não constam na pauta a reforma política. É uma pena, pois só por meio dela podemos melhorar o quadro político do país, eliminando a corrupção, a barganha, e outras práticas ruins da política, responsáveis por deixar grande parte da população na miséria”, afirmou. Dom Mol disse que a reforma política não resolve tudo, mas destacou que é um passo necessário. Ele fez ainda questão de dizer que a CNBB não é filiada a nenhum partido político, mas integrante da sociedade civil organizada, comprometida a contribuir para um Brasil melhor.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação Social da CNBB e arcebispo de Campo Grande (MS) dom Dimas Lara Barbosa, porta-voz da assembleia, ao acolher os jornalistas nesta primeira coletiva de imprensa, lembrou as palavras do papa Francisco ao dizer que o bom jornalismo se nutre de uma “sincera paixão pelo comum e pela verdade”.
Com informações da CNBB Nacional