Dom Waldemar: um bispo coadjutor conhecendo o seu campo de missão

 

Há pouco mais de dois meses como bispo coadjutor da Diocese de Luziânia, Dom Waldemar Passini Dalbelo, comenta como se deu sua recepção no dia 24 de janeiro e o processo de adaptação na nova realidade pastoral em que foi designado pelo papa Francisco.

A figura do bispo coadjutor está prevista no Código de Direito Canônico (Cân 403, Inciso I). Tem como missão estar ao lado do bispo diocesano como pastor daquela Igreja e tem direito à sucessão; seu trabalho é conhecer e se interessar pela vida da Diocese, ciente de que com a renúncia do bispo diocesano, automaticamente ele assume a responsabilidade primeira daquela Igreja particular.

“A presença do bispo coadjutor possibilita uma transição mais suave de governo; em nosso caso, Dom Afonso Fioreze solicitou um coadjutor porque na época estava com a saúde fragilizada”, explicou Dom Waldemar. Esta é a segunda experiência da Diocese de Luziânia com bispos coadjutores. A primeira foi com Dom Agostinho Stefan que foi sucedido por Dom Afonso.

Nova missão

Existem algumas distinções entre a Igreja de Luziânia e a de Goiânia, em que Dom Waldemar foi bispo auxiliar por quase cinco anos, mas as semelhanças são mais evidentes, o que tem tornado sua adaptação mais simples. “A realidade de Luziânia é um misto da experiência goiana como Senador Canedo, Aparecida de Goiânia, Inhumas e tem também o perfil de cidades da periferia do Distrito Federal como Santa Maria e Gama, com grande número de migrantes nordestinos”, compara.

Por outro lado, o novo bispo coadjutor destaca que, por ser uma diocese nova, com apenas 25 anos, “há muito a se fazer, a se construir, para que possamos avançar nas atividades pastorais”. Dom Waldemar explica também que a Diocese de Luziânia é herdeira de tradições antigas como a Festa do Divino Espírito Santo em Cristalina e Padre Bernardo, cidades de perfil mais goiana e, em Luziânia, Santa Luzia é festejada. Sobre a população, enfatiza que “é sedenta à vida de Igreja, ao anúncio da Palavra, dentro da experiência de comunidade. Isso se pode perceber bem”.