Dom José Aparecido participa de encontro nacional sobre proteção de crianças e pessoas vulneráveis, em Brasília

Dom José Aparecido, bispo diocesano de Itumbiara (GO) participa em Brasília, nesta semana, de 3 a 5 de junho, do encontro formativo sobre a proteção de crianças e pessoas em situação de vulnerabilidade. O evento é promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na Casa Dom Luciano Mendes.


Além do Dom José Aparecido, que é presidente da Comissão Especial de Proteção da Criança e do Adolescente da CNBB, participam também representantes das Pastorais da Criança e do Menor, secretários executivos dos regionais e coordenadores de pastoral de todo o país.


“Com as orientações dos papas Bento XVI e Francisco estamos construindo protocolos e medidas preventivas. Quando há denúncias a atuação precisa ser firme: acolhimento às vítimas e punição conforme as normas da Igreja e da legislação civil”, afirmou o bispo de Itumbiara sobre o evento e as iniciativas que vêm sendo desenvolvidas sobre a temática.


Programação
Na terça-feira, 3 de junho, primeiro dia do encontro, os participantes discutiram documentos da Igreja que orientam a proteção de menores, como o Vox Estis Lux Mundi, que institui normas para prevenir e combater os abusos sexuais contra menores e adultos vulneráveis. As palestras abordaram tanto a perspectiva eclesial da proteção, com Dom José Aparecido, quanto a política de proteção na realidade brasileira.
Nesta quarta-feira, 4 de junho, o foco é a legislação civil. O tema é conduzido pelo Dr. Hugo José Sarubbi Cysneiros de Oliveira, assessor jurídico-civil da CNBB, e sua equipe. Também estão previstas discussões em grupos temáticos sobre a criação de políticas de proteção, protocolos de atendimento e acompanhamento das vítimas.


Dom João Bergamasco, membro da Comissão para a Ação Sociotransformadora, também presente no evento, resumiu o objetivo da formação: “É preparar quem está nas pastorais para garantir que nossas crianças sejam protegidas na Igreja e na sociedade. Trabalhamos pela vida desde a concepção até a juventude, para que ninguém perca a chance de sonhar com um futuro digno e realizado.”


Já a irmã Fátima de Moraes, da Comissão para a Proteção de Menores da Arquidiocese de Brasília, ressaltou a importância do apoio psicológico. “Precisamos acolher sem julgamentos e oferecer ajuda concreta para que essas pessoas possam retomar suas vidas e reencontrar sentido. O cuidado exige preparo técnico e sensibilidade humana.” A irmã irá conduzir um grupo temático sobre o acompanhamento das vítimas no encontro:

“É um trabalho extremamente delicado, porém ele exige muito de nós, que nós estejamos cada vez mais preparados, que tenhamos pessoas também preparadas, para que em um primeiro momento possam acolher sem julgar, sem preconceito; e ajudar para que essas pessoas possam ter a vida delas novamente reintegradas e elas possam no dia a dia descobrir a beleza e o mistério que é a própria vida”, disse.


A programação segue até a próxima quinta-feira, 5 de junho.

Fonte e foto: CNBB Nacional