Na segunda-feira, 4 de abril, se reuniram na capital federal, os bispos da Província Eclesiástica de Brasília, Dom Paulo Cezar – arcebispo metropolitano de Brasília; Dom Marcony Vinícius, arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil; Dom José Aparecido, bispo auxiliar de Brasília; Dom Waldemar Passini, bispo de Luziânia e presidente do Regional Centro-Oeste; Dom Adair Guimarães, bispo de Formosa e vice-presidente do regional; e Dom Giovani Carlos, bispo de Uruaçu.
Em pauta, vários temas pastorais, entre eles, o cuidado e o acompanhamento do clero. Conforme Dom Waldemar, durante a reunião, os bispos fizeram um percurso do período da pandemia do novo coronavírus e suas consequências: dificuldades, mas também as superações, os exemplos de cuidado pastoral e paternal por parte dos bispos. “Em relação aos presbíteros, manifestamos mais uma vez a preocupação e a necessidade desse acompanhamento constante com uma ênfase sobre o valor da fraternidade presbiteral, isto é, os sacerdotes apoiando os seus irmãos de ministério e, é claro, também tendo o apoio, o incentivo e a presença dos bispos”, afirmou.
O acompanhamento vocacional e da formação dos presbíteros também foram temas de reflexão na reunião. Dom Paulo Cezar apresentou aos bispos o momento positivo por que passa o Seminário Maior de Brasília, casa de formação que acolhe também os seminaristas das dioceses que integram a Província Eclesiástica. “Sobre esse tema, nós bispos manifestamos nossas impressões positivas sobre a formação dos seminaristas. Dom Paulo fez uma exposição a respeito e falou sobre o novo reitor padre Carlos que já está bastante adaptado e partilhamos o sentimento comum de que a equipe formativa atua na perspectiva que desejamos para a formação”, disse Dom Waldemar. “Entendemos e não gostaríamos que nossos seminaristas tivessem outro tipo de formação senão a que está sendo proposta e é claro, dentro de um processo de melhoria gradual e contínua”, concluiu ainda.
Por fim, os bispos trataram sobre a iniciação à vida cristã nos processos de evangelização nas dioceses e sobre o processo sinodal que a Igreja está vivendo no mundo inteiro. Dom Waldemar disse que o grupo refletiu obre a necessidade da cooperação entre ministérios ordenados e ministérios concedidos aos fiéis leigos. Outro ponto importante da sinodalidade são as estruturas já existentes que permitem o diálogo e a cooperação, como os conselhos paroquiais e os conselhos diocesanos. “É necessário cada vez mais implementar e valorizar esses conselhos e dar o devido valor e o devido peso de cooperação a eles”, comentou o presidente do regional em entrevista.
Processos matrimoniais
O tema sobre os processos matrimoniais foi iniciado nesta reunião. Os bispos partilharam alguns detalhes práticos de como o processo matrimonial se dá nas dioceses e ficaram de conversar novamente sobre abertura e a confecção do processo matrimonial, bem como sobre a preparação dos noivos. “Vamos continuar discutindo o tema no nosso próximo encontro que será em junho na Diocese de Uruaçu”, afirmou.
Dom Marcony Vinícius, empossado como arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil no dia 2 de abril, partilhou na reunião sua alegria pela posse como quinto arcebispo da Arquidiocese Militar. Estiveram presentes muitas autoridades militares, vários bispos, dentre eles o núncio apostólico, Dom Giambattista Diquattro; o presidente da CNBB, Dom Waldemor Oliveira e secretário geral da Conferência Dom Joel Portela; o arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar e o bispo de Rubiataba-Mozarlândia e secretário do Regional Centro-Oeste, Dom Francisco Agamenilton.
Dom Waldemar concluiu a entrevista agradecendo a Dom Paulo Cezar pela acolhida e disse que essas reuniões são o momento também de convivência e partilha entre os bispos.