Comunidades Eclesiais Missionárias foi tema de reflexão da 2ª Reunião de Coordenadores Diocesanos, Coordenadores de Pastoral e Presidentes de Organismos do Regional

No sábado, 6 de agosto, aconteceu em modo on-line a 2ª Reunião de Coordenadores Diocesanos, Coordenadores de Pastoral e Presidentes de Organismos do Regional Centro-Oeste da CNBB. Dom Francisco Agamenilton, bispo diocesano de Rubiataba-Mozarlândia e secretário do regional, falou ao grupo sobre a caminhada pastoral do Regional Centro-Oeste. Ele motivou os participantes sobre a conversão pastoral durante este tempo de pandemia. “A conversão pastoral tem que prosseguir diante do difícil momento que vivemos e a missão tem que se transformar, não dá para continuar do mesmo jeito que era antes da pandemia”, afirmou.

O bispo lembrou que cada Igreja particular vive esse retorno da pastoral presencial, embora a pandemia ainda esteja evidente, “o fato é que chegamos até aqui, após mais um semestre de missão em nossas pastorais e tendo concluído a fase diocesana do Sínodo dos Bispos”. Esse caminho, pontuou ainda Dom Agamenilton, foi feito com nossas alegrias e esperanças, na certeza de que a Igreja está nas mãos de Deus e é o Espírito Santo que a anima e a conduz.

A partir da leitura do livro do Apocalipse (3,7-13) o bispo de Rubiataba-Mozarlândia disse que assim como a Igreja de Filadélfia mencionada na leitura foi aprovada porque guardou a palavra do Senhor, também somos nós em nossas Igrejas hoje, com nossas dificuldades e alegrias, seremos aprovados ou reprovados por termos guardado ou renegado a palavra do Senhor. “Às vezes temos tanto para fazer, tantas vozes falando, tantas realidades e desafios e nos sentimos pequenos, mas o importante e fundamental em tudo é: guardar e não renegar a palavra do Senhor”, explicou Dom Agamenilton. Ele comentou que o Papa Francisco recorda esse primado da graça e que é obra do Senhor, por isso, toda a nossa confiança deve ser depositada nele. “Estando nós aqui nesta reunião, temos a tentação de confiar mais em nossa inteligência e raciocínio que na graça de Deus, antes de tudo, porém, precisamos fazer como se tudo dependesse dele. Nossa força é pequena, por vezes ficamos angustiados, mas o Senhor nos diz apenas: guardaste a minha palavra e não renegaste o meu nome. A gente guarda a palavra, faz o que é possível, fala o que ele pede para nós fazermos e o resto é com ele”.

Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora

As Comunidades Eclesiais Missionárias foram um dos temas abordados por Dom Agamenilton, durante sua fala ao grupo. Ele salientou que o episcopado brasileiro reforça as pequenas comunidades eclesiais missionárias como esse espaço privilegiado de conversão. Conforme disse, esse apelo se reforça porque o contexto no qual nos encontramos pede isso de nós. “A situação na qual vivemos e isso foi chamado de cultura urbana, mundo urbano, evidencia para nós que são as comunidades eclesiais missionárias que podem oferecer um ambiente humano de proximidade e confiança entre as pessoas que é o que se necessita hoje das pessoas. Precisamos nos sentir próximos”.

As Comunidades Eclesiais Missionárias devem ser a Igreja aberta, isto é, aquela Igreja que as pessoas chegam, entram e já começam a fazer parte. Segundo Dom Agamenilton, não se trata de grupo fechado, mas do espaço onde as pessoas expõem e matam a saudade de Deus que todos nós sentimos. O desafio é transformar a pastoral em comunidade. “A conversão pastoral passa a transformar aquilo que já existe em comunidades, fazer essa passagem da morte para a vida, de relações mecânicas para relações mais humanas e não é de assustar quando vemos que dentro da Igreja alguns grupos pastorais atraem mais gente e outros se esvaziam. Talvez porque um está demasiadamente mecânico e outro demasiadamente humano”, advertiu o bispo.

Ainda durante a reunião houve momento para participação e perguntas dos coordenadores presentes. Irmão Diego, coordenador da CPA (Comissão Permanente de Avaliação) falou sobre os encaminhamentos para avaliação deste ano e Padre Eduardo Luiz, secretário executivo do Regional, por fim, confirmou que esta avalição anual de pastoral será realizada de forma presencial nos dias 28 e 29 de outubro, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF), em Goiânia, com o tema “Comunidades Eclesiais Missionárias: espaço de anúncio, diálogo e comunhão” e assessoria do padre José Carlos Pereira. Participam da avaliação além dos bispos do Regional, os coordenadores diocesanos e coordenadores(as) regionais de pastoral e movimentos e presidentes de organismos do Regional.