Comunidades Eclesiais Missionárias estão nascendo nas dioceses e dando forma ao compromisso assumido pelo Regional Centro-Oeste

No fim de semana, dias 3 e 4 de agosto, aconteceu na sede do Regional Centro-Oeste da CNBB, em Goiânia, a 2ª Reunião de Coordenadores Diocesanos e Coordenadores de Pastoral e Movimentos e Presidentes de Organismos do Regional. O encontro teve assessoria do bispo diocesano de Rubiataba-Mozarlândia e secretário do regional, Dom Agamenilton Damascena.


O tema principal refletido foi Comunidades Eclesiais Missionárias. Esse tema, conforme Dom Agamenilton, trata-se de uma resposta do regional ao compromisso assumido na 21ª Assembleia Eclesial do Regional, realizada em outubro do ano passado, em que a Igreja no estado de Goiás e no Distrito Federal reafirmou a decisão de ser cristã em comunidades eclesiais missionárias, como uma maneira de revitalizar as paróquias. “Esse encontro foi um modo de ajudar as dioceses, os coordenadores, a entenderem melhor o assunto e, juntos, encontrarmos caminhos para, em nossas dioceses aqui no regional, sermos cristãos em comunidades eclesiais missionárias”, afirmou o bispo.


Durante o encontro, as dioceses apresentaram experiências exitosas de comunidades eclesiais missionárias. “Tem muita iniciativa boa acontecendo em nosso regional”, destacou o assessor do encontro. O sábado, dia 3, foi dedicado à explanação do tema pelo bispo. Ele apresentou a análise de conjuntura eclesial apresentada na última Assembleia Geral da CNBB, que aconteceu em abril. “É um modo de entender a necessidade da criação das comunidades eclesiais missionárias”, justificou.


Já no domingo foram apresentadas as experiências nas dioceses. “Vimos uma variedade de pontos de partida, de organização, mas todas no mesmo sentido: as comunidades eclesiais missionárias. Está acontecendo em nosso regional e nós tivemos aqui a presença de 90% dos coordenadores de pastorais, inclusive, nas respostas dos relatórios, nós constatamos que uma das formas de animar, perseverar, manter as comunidades eclesiais missionárias, é fazendo-as ver que elas são muito boas, que valem a pena, que são de Deus, que são um caminho que o Espírito aponta, portanto, essa divulgação, esse fazer ver, dar visibilidade, é um recurso que reforça a comunidade”.


Experiências
O assessor do encontro disse que foram apresentadas experiências da Arquidiocese de Brasília, das Dioceses de Luziânia, Formosa e São Luís de Montes Belos. “Há comunidades que partem e começam uma missão porta a porta; notamos que no regional as comunidades eclesiais missionárias têm nascido pelo convite e motivação do bispo; temos visto que comunidades têm nascido por meio de decisões de Assembleias Diocesanas e que depois passam a fazer parte do Plano Diocesano de Pastoral; observamos ainda que há dificuldades para compreender o projeto e que precisamos informar mais, dar visibilidade, proferir palestras, difundir o que são essas comunidades”.


Além das experiências que vêm nascendo, Dom Agamenilton comentou que há também as resistências. “Temos o desafio da resistência de lideranças, de padres, de leigos, de coordenadores de pastorais, de membros dos conselhos pastorais paroquiais e percebemos que isso acontece por ser uma iniciativa nova que assusta e muitos acham por bem continuar a caminhada que sempre foi feita”. O assessor explicou que uma forma de superar esse desafio é ter a motivação do bispo. “Onde o bispo motiva e onde há vigários episcopais convencidos desse projeto, as comunidades se animam para fazer essa caminhada”.
Durante o encontro foi comentado ainda que as experiências das comunidades eclesiais missionárias nas dioceses do regional contam com grupos com uma média de 30 e de 7 pessoas; esses grupos se encontram semanalmente e outros quinzenalmente nas casas, nos salões paroquiais e nas repartições públicas; os subsídios utilizados em sua maioria são da CNBB, mas há dioceses que já conseguem produzir os seus; há subsídios para os tempos fortes: Quaresma, Advento, há ainda a Lectio Divina para as pequenas comunidades que se reúnem em torno da Palavra. No que diz respeito à organização, as pessoas que estão à frente são chamadas de coordenadoras, de animadores e de líderes, mas em todas as experiências das dioceses do regional há sempre uma pessoa que toma conta daquela pequena comunidade.


Dom Agamenilton disse que é animador ver as experiências acontecendo no regional e a expectativa é que nos próximos encontros de coordenadores, as iniciativas que já existem possam se multiplicar e continuar crescendo em todas as dioceses. “As comunidades eclesiais missionárias estão acontecendo e esperamos que nos próximos encontros as iniciativas tenham se expandido mais e se consolidado; esperamos receber notícias que aquelas dioceses que ainda estão principiando, comecem as comunidades, pois essa é uma caminhada sinodal da Igreja no Regional Centro-Oeste, com o objetivo de reavivar as paróquias e nós temos ainda três anos e meio para trabalhar a fim de que as comunidades eclesiais missionárias se consolidem no estado de Goiás e no Distrito Federal. Foi dada a largada, o processo foi iniciado e nós ficamos muito contentes com isso, então agora é consolidar, espalhar a Boa-Nova e os coordenadores se falarem mais entre si um ajudando o outro”, concluiu Dom Agamenilton.