Esta primeira manhã de trabalhos do Conselho Episcopal Regional (CONSER) foi concluída com a apresentação do padre José Luiz, do Clero da Diocese de Catanduva (SP). Ele abordou o tema “Experiências administrativas e cuidado dos presbíteros”. O sacerdote apresentou aos bispos e aos representantes do Clero de cada diocese do Regional Centro-Oeste, a experiência da Diocese de Catanduva.
Conforme destacou em sua fala, as iniciativas de sua diocese são soluções que resolveram problemas comuns inerentes à estrutura da vida eclesial que o clero e o bispo viviam naquela Igreja particular. Ele citou cada uma das três experiências. “Primeiro, criamos uma espécie de previdência privada do Clero; a segunda é um autofinanciamento diocesano de veículos, uma espécie de consórcio interno; e o terceiro é um auxílio funeral, não de serviços funerários, mas de auxílio em dinheiro para situações em que venham falecer o padre ou um familiar do padre que está vinculado a esse contrato de auxílio funeral”, comentou.
A dimensão financeira dos padres é uma realidade que precisa ser zelada, segundo o padre José Luiz. O presidente do Regional Centro-Oeste, Dom Waldemar Passini, interrompeu o sacerdote para dizer que muitos padres às vezes buscam outras fontes para cuidar da própria saúde ou até mesmo para conseguir um veículo para poder trabalhar. “Isso não é saudável para vida do padre, cuja missão é se dedicar exclusivamente à vida da Igreja”, afirmou. O padre José Luiz disse que os projetos implantados na Igreja de Catanduva funcionam muito bem. “São formas de organização religiosa clerical que ajudam a minimizar os problemas que são próprios da nossa vida”. Concordando com Dom Waldemar, padre José Luiz salientou que é uma realidade hoje na Igreja no Brasil, os padres buscarem formas de se manter e até pensar na própria aposentadoria quando não sentem segurança por parte da diocese. “Quando os presbíteros percebem que a diocese não oferece uma segurança no que diz respeito a velhice, a doença, a alguma situação em que coloca o padre em alguma inatividade, é natural que a preocupação leve a pessoa a buscar outras alternativas e as alternativas às vezes dão margem para preocupações aos próprios bispos. Eu acho que na medida que a diocese consegue se organizar e oferecer segurança, esses problemas são bastante minimizados”, declarou.
Santa Missa
O dia de trabalhos começou com a Santa Missa, às 7h30, presidida pelo bispo diocesano de Goiás, Dom Jeová Elias. “Deus não predestina seus filhos a dor, ao sofrimento, ao fracasso. Contudo, nós vivemos essa tensão e Paulo ajuda os romanos a ter uma visão da vida e da fé”, afirmou o bispo refletindo sobre as leituras do dia (Rm 8,18-25 e Lc 13,18-21. Ele afirmou ainda que o sofrimento sempre presente em nossas vidas tem um sentido. “Nosso sofrimento é fecundo, ele não termina no fracasso, mas na vida. Há uma expectativa como a mulher que está esperando o seu bebê e que sofre as dores do parto, mas que depois brota a vida, vem a alegria, renova a esperança e assim também Paulo diz que toda a criação e nós também vivemos essa tensão que não é estéril, que desagua na vida, uma vida de felicidade que nós somos incapazes de compreender, que é a felicidade plena que Deus reserva para seus filhos e filhas”.
PAUTA DA TARDE
14h – Hora Média (Dom Fernando – bispo de Itumbiara)
14h30 – Pastoral e Missão na Formação Presbiteral (Dom Lindomar – bispo de São Luís de Montes Belos e reitores dos seminários maiores)
16h – Intervalo
16h30 – Pastoral e Missão na Formação Presbiteral (Dom Lindomar – bispo de São Luís de Montes Belos e reitores dos seminários maiores)
18h – Vésperas (Dom Adair – bispo de Formosa)
19h – Jantar