De 23 a 25 de maio, é realizada a terceira edição da Jornada da Cidadania, no Centro de Convenções da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). O lançamento do evento aconteceu nesta terça-feira (26) no auditório da Cúria Metropolitana da Arquidiocese de Goiânia, e teve a participação de diversas autoridades, entre elas o vice-governador de Goiás, José Eliton Júnior; representantes da Prefeitura de Goiânia e Aparecida; da Câmara Municipal de Goiânia; o reitor da PUC-GO, Prof. Wolmir Amado, pró-reitores e professores; o arcebispo Dom Washington Cruz e o bispo auxiliar, Dom Levi Bonatto, além de padres, diáconos e a comunidade em geral.
Entre as novidades do evento, que reúne a Feira da Solidariedade, a Semana de Cultura e Cidadania, a Semana do Folclore e os Jogos Universitários, está a Estação das Profissões. Trata-se de um espaço de recepção e visita dirigida dos alunos do ensino médio aos cursos de graduação oferecidos pela universidade, com o objetivo de auxiliá-los na escolha profissional. Ao declarar lançada a Jornada, Dom Washington justificou o sentido do evento. “Não é uma iniciativa filantrópica, mas o aprendizado da partilha de tudo aquilo que vem de Deus”. Ele lembrou ainda do amor do papa Paulo VI pela Igreja e pela humanidade, para dizer que o mundo necessita hoje de “amor” – e a jornada é isso, pontuou – “sinal profético do amor de Jesus Cristo misericordioso que se espalha por toda a cidade e pelas famílias”.
“Estamos em tempos de fome, de guerra, de instabilidade política, tempos de tristeza, de desesperança. Isso, no mundo inteiro, são fatos que nos mostram o quanto temos que aprender para a humanidade dar conta da sua tarefa e nós damos exemplo pequeno ao mundo com a Jornada da Cidadania, mas grandioso diante das nossas possibilidades”, declarou a pró-reitora de extensão e apoio estudantil da PUC e coordenadora geral da jornada, Prof.ª Dr.ª Márcia de Alencar Santana. “Para além do discurso, o que importa mesmo é a ação que fundamenta e materializa as palavras porque um discurso sem ação é letra morta”, completou.
O coordenador da Feira da Solidariedade, padre Max Costa, comentou o surgimento do evento, em 2004, sob inspiração do Dom Washington Cruz, com o desejo de continuar a causa da solidariedade e da fraternidade cristã nas várias realidades. “A fé nos pede uma caridade concreta que faz parte da missão originária da Igreja diante de um povo marcado com tantos sinais de morte e inúmeras formas de exclusão. E nesse evento, unidos com todos os grupos e associações, temos como importante missão defender, cuidar e promover a vida em todas as suas expressões”.
Sementes pela transformação social
Para o vice-governador de Goiás, José Eliton, graduado em direito pela antiga Universidade Católica de Goiás, a Jornada da Cidadania é hoje a evolução das atividades de extensão que há 30 anos aconteciam nas periferias de Goiânia, em que os estudantes se dirigiam às comunidades para prestar assistência social nas mais diversas áreas do conhecimento. “Aquela semente se transformou e essas ações de hoje representam tijolos para a construção de uma sociedade mais justa”, afirmou. O reitor prof. Wolmir Amado, em entrevista a este semanário, comentou que a jornada foi inspirada em evento semelhante realizado há décadas no Rio de Janeiro. Ele ressaltou, no entanto, que a experiência de Goiânia, possibilitou o amadurecimento de um evento que é mais completo e original, no sentido de agregar os segmentos Igreja/Universidade. “Resultado de 12 anos de experiência, a Jornada da Cidadania começa a se consolidar com iniciativas locais, parcerias que se renovam juntamente com atores e sujeitos que participam e somam a cada ano”. O professor destacou dois aspectos (evolutivo e quantitativo) que fazem a jornada crescer. “No ano passado, tivemos 35 obras sociais presentes e este ano teremos 65, praticamente dobramos a presença das ações que são a face caritativa da Igreja de Goiânia que tem importante atuação na sociedade”. O outro aspecto, segundo o reitor, se dá com os casamentos comunitários. “Nasceu com o curso de Direito, em que os alunos começaram montando processos de casamentos civis e em 2009, com a conclusão das obras da Paróquia Universitária São João Evangelista, passou a ser religioso com efeito civil”, refletindo assim mais uma aglutinação do social com o religioso. Para o prof. Wolmir, a principal mensagem da Jornada, cujo nome deriva da Jornada Mundial da Juventude realizada em 2013, é a “dimensão solidária, da doação do tempo, dos talentos, que transformam e tornam o mundo mais fraterno e reflete uma pequena luz que ajuda a iluminar a vida das pessoas”. Em 2015, a jornada alcançou 320 mil atendimentos nas diversas ações sociais e a expectativa é que esse número chegue a 400 mil este ano.
Serviços e parceiros
Os serviços serão disponibilizados nas áreas Jurídica, de Saúde, da Criança, Empreendedorismo e Negócios, Vida e Natureza e profissões, entre outras. São parceiros nesta edição, Governo de Goiás, Prefeituras de Goiânia, de Aparecida de Goiânia, Senador Canedo e Bela Vista de Goiás; Sebrae, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Organização das Voluntárias de Goiás, INSS, entre outros.
Fonte: Arquidiocese de Goiânia