O VII Congresso da Pastoral Familiar do Regional Centro-Oeste da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi realizado nos dias 8, 9 e 10 de setembro, na cidade de Goianésia, Diocese de Uruaçu. O encontro reuniu cerca de 300 pessoas para refletir sobre ‘Família e Vocação’ e ‘Chamados a edificar a casa sobre a rocha’. Além da diocese anfitriã, marcaram presença as Arquidioceses de Brasília e de Goiânia, bem como as Dioceses de Anápolis, Rubiataba-Mozarlândia, Luziânia, Ipameri, Formosa e Jataí.
No dia 8, Dom Giovani, bispo da Diocese de Uruaçu, deu início à programação celebrando a Santa Missa na Paróquia Sagrado Coração de Jesus. Logo após, deu-se seguimento às demais apresentações, que aconteceram no Centro Social Padre Antônio Ramiro Benito.
Na mesma noite, Dom Francisco Agamenilton, bispo da Diocese de Rubiataba-Mozarlânida, discorreu sobre o lema do Congresso ‘Chamados a edificar a casa sobre a rocha’ e, dentre outras coisas, destacou a importância de educar os filhos livres sem querer controlá-los. Entretanto, alertou ele, deve ser aquela liberdade em Cristo preparando-os para enfrentar os desafios. Para ele, é seguindo este preceito que eles poderão “defender-se e agir com diligência fraterna em circunstâncias difíceis”.
As atividades de sábado iniciaram bem cedo, às 7h30, com a celebração da Santa Missa, presidida por Dom Dilmo Franco, bispo auxiliar da Diocese de Anápolis e também bispo referencial da Pastoral Familiar Regional. Na ocasião, o padre Rodrigo Carrijo, da Diocese de Uruaçu, na homilia, enfatizou que é preciso seguir Jesus por amor e não somente por cumprimento aos preceitos legalistas, como fizeram os fariseus. Para ele, este é o sentimento que todos os participantes do Congresso devem nutrir em seus corações. Dando continuidade, o padre Marcelo Francisco, da Diocese de Uruaçu, conduziu a Adoração ao Santíssimo. Além disso, houve também palestras dando enfoque às reflexões propostas pelo Congresso.
Sobre o tema ‘A família na sua vocação e missão de gerar e educar os filhos’, o casal Caio e Duda, integrantes da Comunidade Missão Maria de Nazaré, adotaram uma menina e algum tempo depois geraram um filho biológico, testemunharam que é possível amar, cuidar e educar com a mesma intensidade os filhos que Deus envia.
Membro da Comissão de Bioética da Arquidiocese de Brasília, Dra. Maria Letícia, demonstrou a grandeza de saber cuidar dos idosos e doentes, dando-lhes uma vida digna diante das condições em que se encontram no fim de suas vidas. Segundo ela, independentemente da dificuldade enfrentada, tudo tem que ser feito por amor e não por obrigação.
Irmã Rita Batista, assessora eclesiástica do Regional, e a enfermeira Maria Salete, Coordenadora do Núcleo de Formação e Espiritualidade do Regional refletiram sobre um tema extremamente sensível: ‘os vícios, a depressão e o suicídio’. O casal Marco e Susy, membros da Comissão de Bioética da Arquidiocese de Brasília e membros da Associação Nacional Pró -Vida e Pró-Família, apresentou uma realidade que tem sido recorrente no cotidiano familiar que é o uso inadequado dos recursos tecnológicos. Para eles, tal tecnologia é muito importante, mas é preciso sabedoria para utilizá-los para evitar a dependência eletrônica, um mal devastador que afeta a sociedade. Outro tema importante foi apresentado pela Irmã Rita Batista e também pela enfermeira Maria Salete. Elas fizeram uma profunda abordagem sobre os vícios, a depressão e o suicídio, temas delicados que, infelizmente, afligem muitas famílias.
O casal Marco e Susy, membros da Comissão de Bioética da Arquidiocese de Brasília e membros da Associação Nacional Pró-Vida e Pró-Família, descreveu de forma brilhante a extrema importância de saber utilizar os recursos tecnológicos, evitando assim a dependência eletrônica e seus resultados devastadores no seio familiar.
Para encerrar o dia, o comediante Ivanildo Silva, membro da Comunidade Católica Obra de Maria, fez uma extrovertida apresentação sobre os percalços que teve na vida. Com muito humor ele demonstrou que com a ajuda de Deus ele conseguiu superar tudo e realizar todos os seus sonhos, inclusive os que ele considerava impossíveis.
No domingo, Dom Dilmo e a Ir. Rita conduziram a Oração das Laudes. Logo após, Dom Ricardo Hoepers, secretário-geral da CNBB e bispo auxiliar da Arquidiocese de Brasília, falou sobre ‘A família diante dos desafios impostos pela divisão, alienação e das novas ideologias’. Para ele, os desafios são grandes, principalmente na questão de ideologia de gênero e da descriminalização do aborto. Ele fez um alerta para todos: “É função da Pastoral Familiar trabalhar contínua e incessantemente para ajudar a preservar as famílias, assim como defender o nascituro desde a sua concepção”.
É preciso destacar também que durante os três dias houve uma programação especial para as crianças, conduzida pelos jovens que compõem o grupo Infância Missionária da Paróquia Sagrado Coração de Jesus. O Congresso Kids incluiu gincanas, brincadeiras, teatrinho e diversas outros entretenimentos infantis. Outra atração que enriqueceu o Congresso foi a animação musical feita por uma banda composta por músicos de todas as paróquias de Goianésia.
Silvio e Aline, casal coordenador regional da Pastoral Familiar, ficaram imensamente agradecidos pela oportunidade de trabalhar com irmãos que se entregam a Deus com tanta servidão. “A alegria visível em cada rosto realmente recompensa tudo”, declarou ele. Aline, por sua vez, relatou que “as palestras foram incrivelmente apresentadas com profundo conhecimento”. Para ela, isso foi fundamental para que o evento fosse um sucesso”. Ambos não mediram palavras para agradecer o empenho de todos os envolvidos, especialmente os padres Adeenes, Rodrigo e Marcelo, que ajudaram na organização do Congresso. Eles agradeceram também a todo o clero presente e ao pessoal de apoio. “Sem eles nada disso seria possível”, concluiu Silvio.
O padre Adeenes, pároco da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, anfitrião e um dos organizadores do evento, declarou que ficou muito grato pelo Congresso ter acontecido na sua comunidade paroquial e que é uma alegria enorme poder rezar com tantas famílias. Para ele, “é preciso ter cada vez mais força e coragem para lutar por nossas famílias para que não sejam instrumentalizadas, mas que se tornem de fato um santuário da vida, que é aquilo que a Igreja entende”. Ele finalizou com a seguinte mensagem: “aqui permaneceremos na oração e na interseção por todos os trabalhos realizados em prol da evangelização das nossas famílias, e que Deus abençoe todos os agentes da Pastoral Familiar”.
Dom Dilmo acompanhou de perto todas as etapas do evento participando ativamente desde o planejamento até o momento em que foi encerrado, no domingo. Ele afirmou que “nós, como cristãos, devemos sempre obedecer a palavra de Jesus Cristo”. Ao final, ele mencionou sobre a adoção, um dos temas apresentados. Para ele, “todos os filhos são presentes de Deus, e presente não se escolhe, apenas acolhe e agradece”. Assim devem agir aqueles que têm vocação para ser pai e mãe, concluiu ele. Por fim, o bispo agradeceu a Dom Giovani, bispo da Diocese de Uruaçu, pelo acolhimento. Ele estendeu o agradecimento também ao padre Adeenes, por ter assumido o Congresso com tanta disponibilidade e abertura; ao padre Rodrigo, sempre muito preocupado para que tudo transcorresse bem; e ao padre Marcelo, referencial da Pastoral Familiar na Diocese de Uruaçu, pela dedicação e empenho. Dom Dilmo agradeceu também a presença do clero, dos diáconos e das religiosas. O bispo finalizou indicando que o próximo Congresso, em 2025, acontecerá na cidade de Luziânia (GO).
O Evento foi encerrado com a celebração da Santa Missa, presidida por Dom Dilmo.