Novo bispo de Jataí: “um padre simples, amigo e dedicado ao serviço que lhe é confiado” 

No próximo dia 30 de janeiro, às 19h, acontecerá na Catedral Nossa Senhora Aparecida, de Cascavel (PR), sob a imposição das mãos do arcebispo emérito dessa arquidiocese, Dom Lúcio Ignácio Baumgaertner, a ordenação episcopal do novo bispo da Diocese de Jataí (GO), monsenhor Nélio Domingos Zortea, 52 anos, que foi nomeado no dia 18 de novembro, pelo papa Francisco. Natural de Iraí (RS) e pertencente ao clero da Arquidiocese de Cascavel (PR), o monsenhor, que é formado em Filosofia, Teologia e tem especialização livre em Psicopedagogia para formadores, acumula diversas funções nos seus 20 anos de sacerdócio. 

Nos últimos dez anos foi pároco da Catedral de Cascavel. Foi também formador de ministros da sagrada comunhão eucarística, reitor do Seminário São José durante oito anos, coordenador arquidiocesano da Pastoral Carcerária, juiz auditor da Câmara Eclesiástica, vigário geral da arquidiocese, membro do Conselho de Consultores e de Presbíteros, decano por duas vezes, diretor da instituição mantenedora do Centro Interdiocesano de Teologia de Cascavel por quatro anos, coordenador da Pastoral Presbiteral e presidente da Associação de Presbíteros Seculares da arquidiocese.

Ao receber a notícia da nomeação para a Diocese de Jataí, que está vacante desde 28 de maio de 2014, monsenhor Nélio disse ter ficado surpreso. Depois de pensar por um dia sobre o chamado para a nova missão, respondeu seu sim à Igreja. “O núncio apostólico Dom Giovanni d’Aniello disse que o papa espera um bispo generoso e disponível para essa missão, por isso respondi meu sim”, declarou o bispo eleito em entrevista ao site do Regional Centro-Oeste da CNBB. Ele, no entanto, não esconde sua preocupação com o trabalho que requer responsabilidade. “Depois da surpresa veio a preocupação porque como padre sei um pouco como são as dificuldades para se coordenar uma diocese, seja pastoral e administrativamente, com o presbitério e o povo de Deus, mas vou conhecer e viver aquilo que a Igreja pede, sobretudo, o que a Palavra de Deus propõe para nós a partir da pessoa de Jesus Cristo e viver a missão que é me confiada”, declarou.

Questionado sobre como percebe a missão do pastor diocesano, ele disse que “os padres são as pernas e os braços do bispo” e que quando é confiada uma diocese a um bispo, é da mesma forma ao seu presbitério. “A função do bispo é desenvolver a mesma missão de Jesus com seus apóstolos: cuidar dos padres, dos seminaristas, estar presente na vida do Povo de Deus, ser de fato um animador para levar em frente aquilo que a Igreja recebeu de Jesus, procurando viver e transmitir os seus ensinamentos”, explicou.

Sobre as palavras do papa Francisco, que no último Encontro de Novos Bispos, realizado em Roma, em outubro do ano passado, pediu que os bispos estejam em saída – sejam missionários – ele disse que essa é e sempre será a essência da Igreja. “O trabalho da Igreja é por excelência missionário seja ao sair de casa em casa, anunciando a Boa Nova pelos meios de comunicação, animando os presbíteros e religiosos e, por excelência, motivando os leigos para que sejam cristãos no ambiente onde eles estão, bem como as lideranças para que elas sejam convictas quanto à pessoa de Jesus Cristo”. E completou. “A missão da Igreja nunca termina, ela é contínua e sempre crescente porque nós a expandimos cada vez mais”.

Ministério

O ministério do monsenhor Nélio terá início no dia 13 de fevereiro, quando será acolhido na catedral de Jataí, às 9h30 da manhã. Os primeiros passos como bispo se dará de forma prudente, conhecendo a região e o povo para depois “levar em frente as propostas da Igreja, que não é outra coisa senão a mensagem da salvação, o Evangelho de Jesus”. Disse ainda que o povo pode esperar do novo bispo, “um padre simples, dedicado ao serviço dentro das limitações humanas que possui, mas amigo, companheiro e dedicado ao serviço que lhe é confiado”.