Nesta terça-feira, 1º de dezembro, a Pastoral da Aids desenvolve a Campanha do Dia Mundial de luta contra a Aids. A data é celebrada por uma decisão da Assembleia da Organização Mundial de Saúde, realizada em outubro de 1987, com apoio da ONU.
No Brasil, a data foi adotada em 1988, por uma portaria assinada pelo Ministro da Saúde. O Dia Mundial de Luta Contra a Aids é um momento oportuno para o estabelecimento de redes e parcerias entre organizações de luta contra a aids e os serviços de saúde. Neste dia, as ações são de caráter mais político, ou seja, comporta manifestações dos movimentos sociais e Fóruns de ONGs/Aids, norteadas pela defesa dos direitos e na visibilidade da luta contra a aids, especialmente o acesso universal à prevenção e ao tratamento. A Pastoral também se engaja nestes movimentos para defender os direitos das pessoas que vivem com HIV e promover a difusão de informações de prevenção. Além disso, a data serve para reforçar a solidariedade e a compaixão com as pessoas infectadas pelo HIV/Aids.
Neste ano, com a pandemia do COVID 19, foi necessário adaptar ações e práticas às exigências do tempo presente. Este foi o desafio dos coordenadores regionais e suas equipes locais, pois é necessário cuidado redobrado consigo mesmo e com os outros. É tempo de distanciamento social, de não aglomeração de pessoas, de uso de máscara e álcool em gel. Em função disso, a pastoral procura organizar uma campanha que respeite este cuidado por causa da pandemia, sem esquecer que o HIV continua existindo e ainda é necessário reforçar o direito que as pessoas têm de ter acesso ao diagnóstico oportuno, tratamento e medicação em caso de resultado positivo, além de acesso facilitado aos insumos de prevenção, nas suas variadas possibilidades. A arte que sustenta essa campanha quer passar a ideia de que os agentes da Pastoral da Aids assumem a missão de acolher, cuidar e proteger a vida, tanto do HIV, quanto da Covid-19, enquanto não se encontram soluções mais definitivas.
A campanha se alicerça também em dois movimentos que vem acontecendo na Igreja. Um de ordem universal e um de abrangência nacional. O primeiro é o chamamento que o papa Francisco faz para uma Igreja em saída, para ir às periferias existenciais e para uma ação solidária no cuidado com os mais vulneráveis. Recentemente o Pontífice fez o convite a uma nova economia, ao cuidado da casa comum e dos pobres. Esta síntese, representa o desejo da Igreja de colaborar com um mundo em que todos tenham a vida garantida. Em nível nacional, a Igreja no Brasil realiza a 6ª Semana Social Brasileira, que convoca todos os cristãos e pessoas de boa vontade a um grande mutirão em defesa da vida. Convida-nos ao envolvimento desde nossas bases comunitárias, somando esforços num grande processo de diálogo, formação, articulação e proposição de ações afirmativas para um projeto de sociedade mais humana e humanizada.