A 1ª Ampliada Regional de Catequese deste ano teve como tema, “Catequese e novas tecnologias”. O evento aconteceu nos dias 10 a 12 de março, na Casa de Retiros das Irmãs de Jesus Crucificado, em Goiânia, e teve assessoria do irmão redentorista, Diego Joaquim, que é jornalista e coordenador da Pastoral da Comunicação (Pascom) do Regional Centro-Oeste.
Em sua fala, o religioso apresentou os desafios e possibilidades do uso dos recursos das mídias digitais na catequese e incentivou o uso desses meios pelos catequistas e pelos catequizandos. “Os catequistas devem conhecer as ferramentas e dar testemunho do seu bom uso”, destacou. Já os catequizandos, segundo ele, se sentem valorizados quando a Catequese se preocupa em usar as mídias digitais para evangelizar, porque este é o ambiente deles (nativos digitais). “Com a evangelização pelos meios digitais, os catequizandos passam a ser discípulos missionários”, disse.
Irmão Diego ainda falou da insubstituível necessidade de estabelecer e cultivar a cultura do encontro tão difundida pelo papa Francisco. Com base em documentos da Igreja sobre a Catequese, como a Exortação Apostólica Catechesi Tradendae, de São João Paulo II ele lembrou, no entanto, que nada substitui a cultura do abraço, da proximidade e destacou que “a finalidade definitiva da catequese é de fazer com que a pessoa se ponha não apenas em contato, mas em comunhão, em intimidade com Jesus Cristo: somente ele pode levar ao amor do Pai no Espírito e fazer-nos participar na vida da Santíssima Trindade”. O assessor também enfatizou que a presença da Igreja no ambiente digital é incentivada para ser lugar de testemunho e anúncio do evangelho.
Catequese inculturada
Durante a formação, os participantes deram testemunhos sobre alguns métodos de envolvimento das famílias na catequese. Irmão Diego ressaltou que a comunicação na catequese deve contemplar as características locais, ao mesmo tempo em que forma para a missão, precisa comunicar com dinamismo e provocar reflexão, sem deixar que se perca o interesse, a motivação e a reflexão. Por fim, ele disse que a comunicação não se restringe apenas às novas tecnologias, mas está em cada um. O assessor ressaltou ainda que na atualidade, os filhos não precisam dos pais para responder aos seus questionamentos. “A televisão já foi o centro das atenções. No Antigo Testamento a voz de Deus se revelava pelos profetas, mas hoje a internet está aí para fazer tudo isso”, pontuou. Eis aí, portanto, um grande desafio a ser superado.