52ª Assembleia dos Bispos: em pauta, a ação da Igreja e a conjuntura social

 

Oração, trabalho e fraternidade: desta forma podemos definir a 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que começou hoje e vai até o dia 9 de maio, nas dependências do Santuário Nacional de Aparecida (SP). Durante coletiva de imprensa, na tarde desta quarta-feira, os bispos apresentaram a programação prevista para o evento, que conta com a participação de cerca de 350 bispos de todo país.

O tema central da Assembleia é a renovação paroquial, que foi tratado na Assembleia de 2013 e resultou no texto Estudo 104 da CNBB: “Comunidade de comunidades: uma nova paróquia”. De acordo com o arcebispo de Manaus (AM), dom Sérgio Eduardo Castriani, esta reflexão é fruto de um momento especial vivido por toda a Igreja. “Está sendo um período muito rico, de renovação e reflexão sobre a conversão pastoral da Igreja, e da paróquia em particular”. Ele explica que o trabalho dos bispos agora recolhe a reflexão realizada nas comunidades, paróquias e dioceses de todo país. “O processo foi muito fecundo e marcou profundamente a vida da Igreja no Brasil. Propomos agora um documento final que será apreciado pelos bispos”.

Antes de iniciar o estudo deste tema, os bispos fazem uma importante análise da conjuntura social e eclesial do Brasil, como nos explica o arcebispo de Mariana (MG), dom Geraldo Lyrio Rocha. “Começamos assim para que possamos ter diante de nossos olhos e trazer no coração, o momento que se vive na Igreja e na sociedade, porque isso que vai emoldurar a discussão e o desenrolar de toda a Assembleia”, explica. Este estudo foi realizado na tarde desta quarta-feira.

A edição de 2014 da Assembleia Geral tem a influência do clima festivo após as recentes canonizações de São José de Anchieta, São João XXIII e São João Paulo II. Durante a coletiva de imprensa, foi divulgada uma nota da Conferência pela celebração do 1º de maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora. O episcopado brasileiro reconhece os avanços conquistados pela classe trabalhadora, mas também pontua os desafios que ainda persistem neste campo. No texto, a CNBB se faz solidária aos trabalhadores, manifestando apoio às suas lutas e reivindicações.