Diocese de Goiás realizou formação on-line sobre CF 2025

No sábado, 15 de fevereiro, a Diocese de Goiás teve um uma manhã de formação sobre a Campanha da Fraternidade 2025. Realizada em modo on-line, o momento contou com mediação do coordenador diocesano de pastoral, Pe. Marques Alves, e assessoria da Profa. Dra. Moema Miranda, leiga franciscana e colaboradora na redação do texto-base da CF-2025, cujo tema é “Fraternidade e Ecologia Integral” e lema “Deus viu que tudo era muito bom” (Gn 1,31).

Em sua apresentação, a Profa. Moema explicou que vivemos tempos difíceis no que diz respeito à ecologia e que, justamente por isso precisamos de “novas bússolas” para nos orientar no caos. O Papa Francisco, muito lúcido sobre o tema, nos alerta: não há planeta B. Em 2015 ele escreveu a Carta Encíclica Laudato Si’ – sobre o cuidado da casa comum; em 2020 ele escreveu a Carta Encíclica Fratelli Tutti – sobre a fraternidade e a amizade social; e em 2023 a Exortação Apostólica Laudato Deum – a todas as pessoas de boa vontade sobre a crise climática. “Todos somos seres desse planeta, mas não só nós, todos os seres: animais, árvores, com os quais interagimos e por isso nós precisamos realmente de uma espécie de bússola para se compreender para que lado precisamos ir e essa bússola hoje é o Papa Francisco”, afirmou Moema.

A professora questionou os participantes sobre o que vivemos hoje: crise? Colapso? Ruptura? Conforme ela explicou, precisamos refletir sobre isso. Uma crise é parte da vida, todos nós já passamos por uma crise, já a ruptura e o colapso não têm como voltar atrás e é justamente o momento que estamos passando. A prova disso são as enchentes constantes, o calor intenso, as secas e os aparelhos tecnológicos que dispomos não conseguem prever as mudanças climáticas cada vez mais constantes. A boa notícia para tudo isso é que a consciência na população vai aumentando de que existe de fato uma crise climática. De acordo com uma pesquisa recente do Instituto Datafolha, apresentada pela professora, 97% da população brasileira afirma perceber os impactos da crise climática em seus cotidianos.

Outro aspecto apresentado pela assessora foi com relação ao superorganismo vivo que é o planeta terra, isto é, tudo está interligado. Os povos indígenas, por exemplo, sempre viram a terra como mãe. São Francisco de Assis também via dessa forma e o Papa Francisco trata o planeta assim em suas cartas encíclicas e exortações apostólicas. “Há uma confluência de compreensões porque Deus está presente em toda a criação e isso dá dignidade para toda criação, cada rio, cada árvore, tudo isso sou eu também e nós estamos juntos nesta comunidade”, disse. A Igreja Católica nesse cenário, sempre foi uma voz profética na denúncia e na defesa dos povos. Dom Pedro Casaldáliga, na Prelazia de São Félix do Araguaia; Dom Tomás Balduíno, na Diocese de Goiás, onde foi criado o Conselho Nacional dos Pescadores (1970); o Conselho Indigenista Missionário (1972); a Comissão Pastoral da Terra (1975). “Foram atos proféticos da Igreja em defesa das florestas, das águas, da terra e dos povos”.

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