12º Encontro Regional de Liturgia foi um mergulho de conhecimento no mistério da Igreja e no Ano Santo da Esperança 2025

A Comissão de Liturgia do Regional Centro-Oeste da CNBB realizou nos dias 13 a 15 de setembro, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF) em Goiânia, o seu 12º Encontro de Liturgia do Regional. O evento teve como tema de reflexão “A liturgia no mistério da Igreja” em vista do Ano Jubilar 2025 convocado pelo Papa Francisco. O encontro foi assessorado por Dom José Aparecido, bispo diocesano de Itumbiara; e por Dom Marcony Vinícius, arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil e bispo responsável pela dimensão litúrgica do regional.


Participaram dos três dias de formação: presbíteros, diáconos, religiosas, membros das equipes arqui/diocesanas e paroquiais de liturgia, leigos e leigas. Conforme Dom Marcony Vinícius, esse encontro é realizado anualmente com o intuito de o regional crescer no mistério de Cristo, seja no conhecimento, na prática e vivência. Em sua conferência, ele falou aos participantes sobre a Bula do Santo Padre para o Ano Santo 2025. “Estamos nos preparando para este Ano de Esperança em que todos nós devemos ser sinal do amor de Cristo e esperança de Cristo para os nossos irmãos desenvolvendo assim o mistério da liturgia na vida da Igreja e a Igreja na liturgia, mergulhamos no sacerdócio de Cristo comum, ministerial, terminando com a força do domingo, este dia que nos reúne para celebrar a ceia do Senhor, a sua paixão, morte e ressurreição”, explicou o arcebispo. Ele ainda desejou “a todas as dioceses do Regional Centro-Oeste e ao Ordinariado Militar um crescimento na fé, no amor e na vivência da liturgia”.

Pe. Glauber Roberto, do clero da Diocese de Ipameri, é membro da Comissão Regional de Liturgia, grupo integrado por pessoas de todas as dioceses do regional que são chamadas a participarem e colaborarem nas reuniões de preparação quanto no encontro regional que acontece a cada ano. Ele comentou que a caminhada dos encontros regionais começou há 12 anos e que se trata de caminho uma trajetória de “conhecimento, entendimento e compreensão da liturgia em nossa Igreja e da experiência nas nossas paróquias e nas nossas dioceses”. Pe. Glauber ainda explicou que o encontro ajuda as dioceses a darem passos no entendimento e na vivência do Ano Santo 2025. “Com esse encontro damos passos na esperança, na compreensão do valor do domingo, da liturgia das nossas paróquias e de modo ainda mais particular da eucaristia na vida de cada cristão”.


Dom José Aparecido, bispo diocesano de Itumbiara, em entrevista, fez comentários sobre sua assessoria no encontro. “A liturgia é mistério pascal em ato, é Cristo exercendo o seu sacerdócio pelos membros do seu corpo que é a Igreja, então nessas meditações nós retomamos alguns aspectos históricos nas inúmeras reformas que a liturgia sofreu na Igreja e as dificuldades de implementação dessas reformas, mas também sobre a expectativa, a esperança que nós temos de que a vida litúrgica na Igreja Católica seja um dom precioso para o Jubileu e dentro do Jubileu. Então, nós retomamos o conhecimento a partir das fontes e aprofundamos o que a Igreja nos dá especialmente aqui no Brasil quando nós temos uma nova edição do Missal Romano”. Dom Aparecido também comentou sobre a dimensão histórica dos Jubileus. “É muito interessante que o Ano Santo, lembra-nos os jubileus bíblicos, indicam uma retomada das origens. Assim como as terras deveriam retornar aos seus antigos proprietários, a Igreja também volta a beber das próprias fontes da liturgia para descortinar caminhos novos para a vida de celebração do mistério pascal”.

Para Rosane Azevedo, da Diocese de Formosa, o encontro “é uma oportunidade de enriquecer não só em conteúdo, mas também enriquecer na nossa espiritualidade litúrgica e assim poder contribuir um pouquinho para as pastorais de liturgia em nossas dioceses”.


Ir. Gabriely, da Congregação das Missionárias da Infinita Misericórdia de Deus, ressaltou as falas do Dom Marcony Vinícius sobre o Ano Santo. “Ele destacou que somos peregrinos da esperança e de esperança porque somos porta que levamos esperança para os nossos irmãos e é isso que vamos trabalhar em nossas paróquias, em nossas dioceses, nós vamos levar essa esperança aos pobres, aos aflitos, aos prisioneiros, aos idosos, aos jovens, para que eles também se sintam cuidados por Deus. Neste tempo onde há muitas guerras, muito desespero, o Papa nos pede a paz e que lutemos pelo dom da vida. Lembrando que a liturgia, a eucaristia, é fonte e ápice da nossa vida na Igreja. Por isso, a importância de se conhecer, de se aprofundar, de se unir a Deus”.

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